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Cultura injetou R$ 18 milhões com Termos de Fomento em 2020.

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Os 67 projetos executados geraram mais de 7,1 mil empregos e alcançaram público superior a 4,1 milhões de usuários.

A Caravana de São João levou música para as ruas durante a pandemia | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília.

A execução de Termos de Fomento (TF) foi uma das estratégias da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para estimular a cadeia produtiva da cultura em 2020, abalada fortemente pela pandemia da Covid-19. Um incentivo que movimentou a cultura em todos os cantos do DF, gerando um total de 7.103 empregos, sendo 5.321  diretos e outros 1.782 indiretos. O público alcançado é de mais de 530 mil pessoas presencialmente e mais de 3,6 milhões on-line. Os dados são da Subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural (SDCD).

“No ano passado, cumprimos 67 Termos de Fomento que, por meio de emendas parlamentares, injetaram um montante de mais de R$ 18 milhões no DF. Em 2021, vamos ampliar essa execução”, explicou Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa.

“Antes os projetos eram 95%, senão 100% presenciais. Para evitar aglomerações, usamos como artifícios as “lives” e as itinerâncias, com caminhões executando músicas para quem estava confinado” Mirella Ximenes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural.

Compromisso da Secec
A agilidade e o comprometimento dos servidores da Secec foram determinantes na execução desses Termos de Fomento em tempo de pandemia. “Antes os projetos eram 95%, senão 100% presenciais. Para evitar aglomerações, usamos como artifícios as “lives” e as itinerâncias, com caminhões executando músicas para quem estava confinado”, destaca a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural Mirella Ximenes.

O secretário-executivo, Carlos Alberto Jr. revela que a Secec enxergou a importância desse instrumento como uma ferramenta poderosa na cadeia produtiva da economia criativa. “Mesmo estando em plena pandemia, os Termos de Fomento abriram esse leque de empregos. Tudo, é claro, dentro das normas legais, sob total transparência e responsabilidade”.

“Durante pandemia, o Termo de Fomento foi um instrumento fundamental para ajudar o setor. Havia artistas e, principalmente, o pessoal da área técnica, que trabalhava com iluminação, cenário, passando por dificuldades. E essas pessoas tiveram oportunidade de voltar trabalhar”, completa Mirella.

O Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC) é o regime geral de parcerias entre o governo e entidades privadas sem fins lucrativos em projetos ou atividades de interesse mútuo.

Arte debaixo da Janela
A diversidade e a criatividade dos projetos executados por Termos de Fomento impressionam, revelando a capacidade dos artistas de se reinventar e superar desafios. São ações que levam o rap às escolas, festivais de hip hop, terapia por meio do forró, cinema drive-in, celebrações de aniversários de regiões administrativas, homenagens aos 60 anos da cidade, edições comemorativas de publicações, produções audiovisuais, o resgate da cultura quilombola e afro e o papel da mulher na sociedade.

As serenatas foram um sucesso. Foram 18 apresentações em nove lugares diferentes.

Foi o caso da proposta de levar a arte, a música, o teatro, para debaixo das casas e prédios, onde as pessoas estavam confinadas em função da Covid-19. As serenatas foram um sucesso. Foram 18 apresentações em nove lugares diferentes. Além de Asa Sul e Asa Norte, os artistas passaram também por Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, Sobradinho, Guará e Cruzeiro, abarcando um público de quase duas mil pessoas que assistiram às apresentações de suas varandas ou janelas.

“A ideia de levar arte para a grande maioria da população durante a pandemia partiu do secretário Bartolomeu Rodrigues, que estava muito preocupado com a situação dos artistas. A ideia foi maravilhosa e atendeu tanto a população – todos dentro de suas casas – quanto os artistas. Foi muito positivo, fiquei muito agradecida por essa parceria”, elogia Teresa Padilha, do Teatro Mapati.

Danças terapêuticas
Organização da Sociedade Civil que, desde 1994, se apoia na cultura para promover o desenvolvimento humano e social de atores periféricos no DF, o Grupo Cultural Azulim foi amparado também por um Termo de Fomento para continuar colocando em prática as ações interativas em Sobradinho II.

“A contemplação desse Termo de Fomento permitiu honrar alguns compromissos atrasados e permitiu iniciar 2021 com novos projetos que vieram para melhor atender nossa comunidade” Ironildo Pereira, diretor-presidente de OSC.

Com incentivo de pouco mais de R$ 69 mil, o projeto “Azulim para Todos” promove, desde dezembro de 2020, oficinas de dança para 210 crianças, adolescentes, jovens e adultos, empregando 12 pessoas diretamente e outras 4 indiretamente.

“A contemplação desse Termo de Fomento permitiu honrar alguns compromissos atrasados e permitiu iniciar 2021 com novos projetos que vieram para melhor atender nossa comunidade”, aponta Iranildo Gonçalves Moreira, diretor-presidente da OSC.

No grupo desde 2017, a estudante Raissa Ferreira, 19 anos, é apaixonada por dança urbana, razão pela qual um de seus objetivos é levar esse prazer a outras pessoas. “Entrei na dança só para fazer algo diferente, não ficar parada e acabei viciando, me faz sentir bem”, revela a jovem.

“Entrei na dança só para fazer algo diferente, não ficar parada e acabei viciando, me faz sentir bem”Raissa Fernandes, 19 anos, estudante.

Contação de histórias
Beneficiado com Termo de Fomento no valor de R$ 245.694,40, o projeto “Sou de Brasília – Brasília 60 anos”, é uma homenagem à capital, que envolveu crianças de 90 escolas de Ceilândia e mais de 50 mil visualizações nas redes sociais.

A ideia, encabeçada pelo Instituto Brasileiro de Alto Desempenho (Ibad), era levar para as plataformas digitais histórias da cidade nas vozes de 21 contadores do DF, entre eles, a idealizadora do projeto, a escritora e professora Gisele Gama Andrade, autora do livro infantil “Sara e Sua Turma”.

A empreitada gerou 55 empregos diretos e outros 18 indiretos nos setores, beneficiando de músicos a costureiras, além de equipe de audiovisual, ilustradores, designers gráficos e professores.

“O projeto ‘Sou de Brasília’ foi pensado para, no aniversário de 60 anos de Brasília, homenagear a cidade que foi construída por um sonho coletivo. A ideia original era poder levar às crianças o orgulho de viver aqui”, conta Gisele Gama.

Além das pílulas virtuais criadas para o canal no YouTube, 11 mil exemplares de “Sou de Brasília” foram doados às professoras da Regional de Ensino de Ceilândia, em outubro de 2020, juntamente com a entrega de 11,5 mil máscaras infantis. “O apoio e o incentivo da Secec foram extremamente importantes, fundamentais”, reforça Gisele Gama.

“Os Termos de Fomento têm aproximando as ações da Secec a praticamente todo o Distrito Federal e Entorno. Aumentamos a nossa capilaridade com esses recursos, expandindo cultura, com intensidade, para a periferia”, avalia o secretário, Bartolomeu Rodrigues.

Fonte: AGÊNCIA BRASÍLIA

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