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Chico Vigilante destina recursos para obra do Centro Cultural de Ceilândia; previsão é de que espaço fique pronto até final deste mês

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O deputado distrital Chico Vigilante garante emendas parlamentares no valor de R$ 2 milhões para início imediato das obras de conclusão do Centro Cultural e Desportivo de Ceilândia. A garantia foi dada na noite da quarta-feira (04), durante audiência pública, proposta pelo parlamentar, para debater com artistas, lideranças culturais e representantes do Governo de Brasília as medidas a serem tomadas para construir os blocos que ainda faltam no espaço.

“Estamos assumindo o compromisso de não abandonar este projeto no meio do caminho. Irei até o fim, até que este Centro Cultural seja entregue definitivamente à comunidade de Ceilândia”, prometeu Chico Vigilante.

O diretor de edificações da Novacap, Márcio Costa, garantiu que entregará o novo projeto do espaço até o dia 20 de abril.  O diretor explicou que projeto original teve que ser alterado devido a ocupação indevida de parte do terreno e das redes de águas pluviais que passam por debaixo do espaço.

Já o secretário de Cultura, Guilherme Reis, solicitou que o novo projeto seja analisado em conjunto com os técnicos da Secretaria para averiguar a viabilidade das salas que serão construídas, sem que haja prejuízos posteriores.

No próximo dia 30 de abril, o projeto final será apresentado definitivamente para o administrador regional Vilson José e aos integrantes do Conselho Cultural da cidade. A partir desta última etapa, a Novacap vai fazer a licitação para iniciar imediatamente as obras.

A artista Nanci Araújo, do Conselho de Cultura da cidade, elencou uma série de problemas a serem resolvidos dentro do espaço que já está em funcionamento, como a definição de uma gestão eficiente e integrada, além de escolhas de gerentes de cultura que estejam comprometidos com o movimento cultural. “Como não tem um comprometimento, a cultura sofre com a descontinuidade dos projetos”, lembrou Nanci.  Além disso, segundo ela, as ocupações indevidas de entidades que não estão ligadas à cultura também são um problema. “Há anos as Secretarias da Juventude e da Criança ocupam algumas salas do centro Cultural. Isso é gravíssimo. Espero que consigamos resolver este problema também”, pediu Nancy.

A Coordenadora do Movimento Retomada, Luciene dos Santos, apresentou um histórico de luta pela construção do Centro Cultural. O Movimento Retomada foi fundado no ano de 1995 com a missão de contribuir para o término das obras do centro Cultural, paralisadas desde o ano de 1986. O grupo é constituído por entidades, artistas, educadores, produtores culturais e líderes comunitários com o objetivo de reivindicar políticas afirmativas que garantam a conclusão do centro.

Luciene também elencou uma série de problemas que impedem que o projeto original seja concluído, e reforçou a necessidade de o GDF, por meio da Secretaria de Cultura, assumir definitivamente a gestão do espaço. Ela também pediu a troca do nome da estação do Metrô Ceilândia Norte, que fica ao lado do espaço, para Estação Centro Cultural de Ceilândia.

Diversos representantes culturais e educadores também fizeram intervenções no sentido de cobrar a conclusão do Centro Cultural. Uma das falas mais contundentes na audiência pública foi a da diretora da Escola Classe 27, Vilma Cavalcante. “É inadmissível que a maior Região Administrativa do DF não tenha uma sala de cinema ou um espaço para levar as nossas crianças para atividades externas. Toda vez que precisamos fazer uma atividade com os alunos, temos que alugar ônibus e deslocar para outras cidades, pois Ceilândia não tem um espaço público adequado”, contou a diretora.

Além das lideranças culturais, o evento contou com a participação da deputada federal do PT, Erika Kokay, da representante da Secretaria de Planejamento, Soraya Ofugi, e da deputada distrital Luzia de Paula.

Reivindicação antiga

Desejo antigo da comunidade, o Centro Cultural e Desportivo de Ceilândia seria o principal meio de inclusão da maior cidade do DF no mapa cultural brasiliense e contaria com biblioteca, pavilhão de cursos, arquivo de memória, ginásio de esportes, praças, cineteatro, restaurante e teatro de arena.

No entanto, mesmo tendo sido projetado há mais de 30 anos, a obra ainda não foi concluída tendo sido entregue menos da metade do estabelecido. Somente a Biblioteca e o Pavilhão de Cursos foram entregues e os teatros nunca saíram do papel.

Atualmente, os prédios abrigam a Biblioteca Pública de Ceilândia ‘Carlos Drummond de Andrade’; a Divisão Regional de Cultura; a Divisão Regional de Desporto, Lazer e Turismo; a Brinquedoteca e o Conselho Tutelar de Ceilândia.

 

Jornalista

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