Breaking: a dança que entrou para as Olimpíadas de 2024 faz parte da realidade de muitos brasilienses
No Distrito Federal, o segmento tem ganhado cada vez mais espaço entre os jovens, especialmente nas cidades satélites de Brasília
A prática que faz parte do estilo de vida de muitos jovens no Brasil e no mundo, agora fará parte das modalidades de esporte nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Uma vitória para muitos adeptos do breaking, que incorporam essa modalidade como cultura e um estilo de vida, sendo essa a primeira dança esportiva a fazer parte do programa olímpico.
No Distrito Federal, o segmento tem ganhado cada vez mais espaço entre os jovens, especialmente nas cidades satélites de Brasília. Desse estilo de vida nascem também projetos que incentivam as pessoas a trilharem esse caminho, como por exemplo, o projeto desenvolvido pela professora de arte da dança, no Instituto Federal de Brasília (IFB), Cínthia Nepomuceno.
Por meio da ação intitulada Transcrições Coletivas Coreográficas, realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), do GDF, alunos que se formaram na instituição têm a oportunidade de mostrar seus talentos. Como o caso do formando Bart Almeida, que disponibilizou no YouTube, um vídeo de dança desenvolvido a partir da pesquisa do TCC, com coreografia estruturada a partir das formas geométricas básicas da capital federal.
“O cenário escolhido traz a ideia de linhas e traços da arquitetura de Brasília, e a dureza do concreto contrasta com a leveza de movimentos de força”, conta Bart.
Sobre o projeto
A ação oferece a nove ex-orientandos de Cínthia Nepomuceno, que se formaram pelo instituto, a oportunidade de expandir o que foi aplicado durante o curso. A professora conta que a ideia surgiu logo após o período de pandemia, já que muitos destes estudantes tiveram que deixar a dança de lado para se dedicarem a atividades que garantisse o sustento imediato. Para estimular e ajudar a manter esses profissionais no cenário artístico, a professora conta que buscou recursos que pudessem ajudá-los na recolocação profissional, após o período de isolamento causado pela COVID-19.
“Tenho estabilidade no serviço público, mas a maioria desses egressos sobrevivia de suas aulas de dança e outras ações culturais. E tudo isso ficou paralisado devido à pandemia. Acompanhei muitas histórias tristes de pessoas talentosas que tiveram que se tornar entregadores de comida em aplicativos de delivery, andando de bicicleta, e aquilo me preocupou, me indignou e entristeceu porque eu conhecia o potencial criativo dessas pessoas”, lembra.
Com o projeto, a professora conta que cada dançarino terá a oportunidade de desenvolver novas interpretações artísticas e podcasts. Além de estimular a inclusão de outras pessoas que queiram ingressar na profissão artística, esses integrantes do projeto também terão a oportunidade de refletir sobre a possibilidade de iniciar um mestrado e dar continuidade à carreira acadêmica.
SERVIÇO
Site ofical: factccs.wixsite.com/factccs
Instagram: www.instagram.com/fac.tccs/
YouTube:
Fonte: Jornal de Brasília
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