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Bibliotecas comunitárias auxiliam na democratização da leitura

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Com o objetivo de identificar, compreender e dar visibilidade ao papel que as bibliotecas comunitárias cumprem no processo de leitura, pesquisadores resolveram colher dados para a pesquisa “Bibliotecas Comunitárias no Brasil: Impacto na formação de leitores”. De acordo com o resultado, 66,5% das bibliotecas foram criadas por coletivos – grupos de pessoas do território e movimentos sociais. 
Foi dessa forma que surgiu a Biblioteca Comunitária do Calabar, em Salvador. “Nossa biblioteca, surgiu a partir de um grupo de jovens que realizava trabalhos comunitários no bairro. Foi depois de uma ação que visava reformar uma biblioteca escolar, mas que não era aberta ao público, que pensamos na possibilidade de uma biblioteca comunitária para abraçar toda população”, contou Rodrigo Calabar, administrador e coordenador da biblioteca.
O espaço, inaugurado em 2006, integra 143 bibliotecas que participaram do estudo coordenado pelo Grupo de Pesquisa Bibliotecas Públicas do Brasil, da Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio), do Centro de Estudos de Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Centro de Cultura Luiz Freire (PE).  Uma curiosidadeé que entre as 143 bibliotecas, 92 são integrantes da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) e as outras 51 não têm vínculo com a rede. 
Segundo Rodrigo, o principal meio de sustentabilidade da biblioteca que coordena são projetos comunitários, mas a iniciativa também recebeapoio financeiro de empresas e órgãos governamentais. “O apoio da população local é indispensável. A comunidade sempre comparece aos eventos que fazemos. Além disso, 90% dos nossos livros vieram de doações”, ressalta.  
A pesquisa também mostrou que as bibliotecas são acessíveis e estão envolvidas com suas comunidades, seus espaços são pensados para assegurar práticas de leitura compartilhada, têm acervos que priorizam o letramento literário, a gestão é compartilhada e que a população identifica a biblioteca e os mediadores de leitura como referências. É alto o índice de escolarização dos mediadores: mais de 90,2% têm ensino médio, ensino superior completo e pós-graduação. 
Rodrigo acredita que esses espaços fazem toda diferença na vida da comunidade. “Se não tivéssemos essa biblioteca aqui, as pessoas teriam que se deslocar de ônibus para outros lugares. Com essas bibliotecas democratizamos o acesso ao livro e contribuímos para o enraizamento comunitário”, conclui.
Fonte: Bárbara Maria – Ascom Educa Mais Brasil Esse artigo é um publieditorial.

Jornalista

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