
Cartel dos anestesistas aterrorizava quem recusava esquema no DF
Uma ofensiva da Polícia Civil e o Ministério Público expôs os bastidores do setor de saúde no Distrito Federal. Deflagrada nessa quinta-feira (10/4), a Operação Toque de Midaz investiga um suposto cartel milionário liderado por integrantes da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do DF (Coopanest-DF). A investigação aponta que, por anos, um seleto grupo de profissionais comandou com punho de ferro o mercado de anestesia na capital, praticando coerção contra colegas dissidentes, manipulando valores de honorários e restringindo a livre concorrência em hospitais estratégicos.
Segundo as autoridades, os alvos da operação formavam uma organização criminosa estável e articulada, que utilizava a estrutura da cooperativa para controlar o acesso a hospitais e impor barreiras à atuação de médicos independentes. A tática, conforme apurado, incluía ameaças explícitas de descredenciamento, exclusão da cooperativa e até intimidações de natureza física e psicológica.
No centro das apurações está o médico José Silvério Assunção, atual vice-presidente da Coopanest-DF. Figura influente na especialidade, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência de alto padrão. Silvério carrega, ainda, o peso de uma condenação judicial por erro médico — um caso emblemático em que uma paciente foi deixada em estado vegetativo após complicações anestésicas em uma cirurgia simples de apendicite, no Hospital Santa Lúcia. O episódio, ocorrido em 2006, se estendeu até 2018, quando a paciente faleceu, e culminou em uma derrota do médico em todas as instâncias judiciais, inclusive no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Outro nome ligado à cúpula da cooperativa e também alvo da operação é Pablo Pedrosa Guttenberg, membro do Conselho Fiscal da entidade. A Polícia Civil cumpriu mandado de busca em seu apartamento de luxo.
O modus operandi da organização incluía, segundo os investigadores, a imposição de monopólios em hospitais estratégicos do DF, negociando em bloco com operadoras de planos de saúde e fixando tabelas de honorários que sufocavam a concorrência.
A operação, batizada de “Toque de Midaz” — em referência ao sedativo Midazolam e ao rei Midas, símbolo da ganância —, contou com o apoio da Divisão de Inteligência Policial (Dipo). Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nesta fase, e os envolvidos poderão responder por organização criminosa, formação de cartel, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.
Por meio de nota, a cooperativa informou que “nunca houve e não há cartel ou qualquer outra irregularidade ou ilegalidade por parte da Coopanest-DF e seus diretores.”. A defesa também acrescentou que “irá comprovar, mais uma vez, a integral regularidade e o compromisso ético dos trabalhos prestados aos seus cooperados por mais de 40 anos.”
Com informações do portal Metrópoles
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