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Ex-comandante da PM revela que foi avisado que efetivo era “suficiente”

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O oficial afirmou aos distritais que, no dia anterior, o então chefe do Departamento de Operações disse que o efetivo era suficiente, apesar de o planejamento operacional não ter sido elaborado. Vieira disse que só soube da falta do planejamento após deixar a prisão

Ex-comandante da PMDF, o coronel Fábio Augusto Vieira presta depoimento na CPI dos Atos Democráticos na Câmara Legislativa -  (crédito: Pablo Giovanni/CB/D.A.Press)

Ex-comandante da PMDF, o coronel Fábio Augusto Vieira presta depoimento na CPI dos Atos Democráticos na Câmara Legislativa – (crédito: Pablo Giovanni/CB/D.A.Press)

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Fábio Augusto Vieira revelou que só soube que não havia planejamento operacional sobre os atos do 8 de janeiro após relatório da intervenção quando deixou a prisão. Segundo o oficial, conforme disse em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, o planejamento é de responsabilidade do Departamento de Operações (DOP).

Enquanto ocupava o cargo de comandante-geral, Vieira foi avisado pelos seus militares, nos dias anteriores, que todas as providências para os atos de 8 de janeiro, com o efetivo “era suficiente”. “Conversei com o coronel Paulo José no sábado para aumentar o efetivo. O que eu detectei no dia lá (8 de janeiro), de manhã haviam um efetivo mais suficiente. Até as 11h da manhã, o acampamento não sabia que ia descer (para a Esplanada)”, disse o coronel.

Quem comandava o DOP era o coronel Jorge Eduardo Naime, mas o oficial estava de folga, dando lugar ao tenente-coronel Paulo José. Questionado pelo presidente da CPI Chico Vigilante (PT) se acha normal o planejamento não ter sido realizado pelo DOP, Vieira opinou achar estranho. “Esse documento (o planejamento operacional), além da distribuição do efetivo, detalha exatamente como a operação será executada. Por exemplo, traz conceito da operação; a distribuição do efetivo no terreno de operação. Segundo informações do interventor, esse plano não foi elaborado”, disse.

Enquanto comandante-geral, Vieira foi avisado pelos seus militares, nos dias anteriores, que todas as providências para os atos de 8 de janeiro, com o efetivo “era suficiente”. “Conversei com o coronel Paulo José no sábado para aumentar o efetivo. O que eu detectei no dia lá (8 de janeiro), de manhã haviam um efetivo mais suficiente. Até às 11h da manhã, o acampamento não sabia que ia descer (para a Esplanada)”, disse o coronel.

CPI da CLDF

O ex-comandante-geral é ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O oficial é investigado em um inquérito por omissão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Vieira era comandante da corporação nos ataques aos prédios dos Três Poderes. O coronel chegou a ser preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, em 10 de janeiro. No 1° Regimento de Polícia Montada, o ex-comandante permaneceu até 3 de fevereiro, quando Moraes decidiu seguir determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu sua liberdade.

O requerimento, proposto pelo deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP), foi aprovado para a CPI ouvir do coronel detalhes sobre a atuação da corporação nos ataques de 12 de dezembro e de 8 de janeiro, que estava com o baixo efetivo, além da existência de uma suposta “guerra” interna pelo comando da PM.

Exonerado em 11 de janeiro, Vieira foi substituído ao coronel Klepter Rosa, que deve ser ouvido pelos distritais em 29 de junho.

Com informações da portal Correio Braziliense

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Jornalista

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