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“A Lava Jato está nos seus estertores, mas o lavajatismo ainda não morreu”, diz Alysson Mascaro

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Professor afirma que mesmo que Sérgio Moro perca o mandato, a direita ainda manterá a empáfia do combate à corrupção

Alysson Mascaro e Sergio Moro
Alysson Mascaro e Sergio Moro (Foto: Reprodução |ABr)

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Na última quinta-feira, 8, o professor e filósofo Alysson Mascaro concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, na qual destacou que a Lava Jato está em seus estertores, mas enfatizou que ainda não se observa um avanço político para a esquerda a partir dessa situação. Sobre o ex-juiz suspeito Sérgio Moro, uma figura central na Lava Jato, Mascaro afirmou que mesmo que ele perca o mandato de senador, ele ainda mantém a empáfia do combate à corrupção.

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Mascaro também abordou a relação entre o Poder Judiciário e a sociedade, apontando que o primeiro se vê com superioridade em relação à segunda. Essa visão reforça a percepção de que há uma distância entre as elites judiciárias e a realidade vivida pela população. Mascaro também afirmou que o poder efetivo em qualquer sociedade capitalista é da burguesia. Ele argumentou que a Lava Jato foi um projeto da burguesia, mas ressaltou que muitos dos envolvidos no processo foram descartados, reforçando a dinâmica de proteção aos interesses da classe dominante. Mascaro apontou que o lavajatismo não surgiu nos protestos de junho de 2013, mas é reflexo da forma de constituição do Poder Judiciário no Brasil. “O movimento de 2013 foi um pavio para que a classe burguesa retomasse o controle ideológico do país”, disse ele.

No contexto político atual, Mascaro argumentou que o povo continua blindado contra ideologias de esquerda, evidenciando a resistência que partidos e movimentos progressistas enfrentam na busca por espaço na arena política. O professor também destacou as divisões existentes dentro da burguesia brasileira, mencionando que a burguesia comercial é mais simpática ao governo Lula, enquanto o agronegócio não tem qualquer simpatia por ele. 

Quanto ao futuro político do país, Mascaro enfatizou que a direita encontrará um substituto para Jair Bolsonaro, que deverá se tornar inelegível. Ele comparou os bolsonaristas de hoje aos malufistas do passado, destacando a mutabilidade de discursos e ideologias na busca pelo poder. Por fim, Mascaro expressou sua preocupação com a falta de uma esquerda revolucionária no Brasil. Ele lamentou que, apesar da polarização política, não se veja um movimento de transformação radical que possa trazer mudanças significativas à estrutura socioeconômica do país. Assista:

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Jornalista

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