Mortes em Planaltina: Corpos foram encontrados em quarto com porta fechada
Sargento da Polícia Militar Nilson Cosme Batista dos Santos é suspeito de assassinar a mulher, os dois filhos do casal e de tirar a própria vida, na sequência. Tragédia aconteceu na Avenida Maranhão, no Setor Tradicional de Planaltina
Os quatro corpos encontrados com marcas de tiro e carbonizados em uma casa de Planaltina (DF) estavam dentro de um mesmo quarto do imóvel, com a porta fechada. O sargento da Polícia Militar do Distrito Federal Nilson Cosme Batista dos Santos, 48 anos, é suspeito de assassinar a mulher, Maria de Lourdes Furtado, 50, e os dois filhos do casal, Isaac Furtado dos Santos, 21, e Lucas Furtado dos Santos, 16. Na sequência, teria comedido suicídio.
A cena da tragédia, relatada à polícia pelos bombeiros que estiveram no endereço, pode ajudar a elucidar detalhes da ocorrência. O delegado à frente das investigações, Eduardo Chamon, adjunto da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), afirmou que a dinâmica e a motivação do crime estão sob apuração, mas acrescenta que a principal hipótese é de triplo homicídio seguido de autoextermínio. “Ontem (quinta-feira), escutamos policiais e bombeiros. Hoje, vamos dar continuidade aos depoimentos. Estamos aguardando as provas periciais”, frisou.
- Investigação continuou no endereço, nesta sexta-feira (11/2)Minervino Júnior/CB/D.A.Press
O investigador comenta que a porta do quarto onde os quatro corpos foram encontrados estava fechada e não apresentava sinal de arrombamento. Só esse cômodo foi atingido pelas chamas. No recinto, os bombeiros acharam uma cômoda, uma tevê, duas camas e um guarda-roupa queimados.
Ainda há dúvidas se Nilson teria executado a mulher e os filhos no momento em que todos no quarto ou se ele teria levado os corpos para lá antes do incêndio. O trabalho da perícia foi pedido em caráter de urgência. “É um caso sensível e complicado. Estamos apurando para saber se houve outras circunstâncias”, afirmou o delegado-adjunto.
O caso
Pouco antes da tragédia, Nilson ligou para o para o 14º Batalhão de Polícia Militar de Planaltina, onde trabalhava, e teria confessado que mataria a família. Por telefone, o operador que recebeu o chamado ouviu os disparos e, imediatamente, enviou uma equipe para a casa do sargento.
Em frente à residência, PMs chamaram por Nilson e outras pessoas da casa, mas ninguém respondeu. Ao perceberem sinais de fumaça, os policiais arrombaram o portão e acionaram o Corpo de Bombeiros. No quintal do imóvel, as equipes suspeitaram de um incêndio, devido à presença de muita fumaça. Portas e janelas estavam trancadas.
Depois de abrirem a porta de um dos quartos, os policiais se depararam com uma das vítimas no chão. Dois militares tentaram retirá-la do meio das chamas, mas não conseguiram por causa da fumaça. Quando chegou ao local, a equipe dos Bombeiros iniciou as ações de combate ao fogo e de retirada das pessoas do imóvel.
FONTE: CORREIOBRAZILIENSE
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