
Prefeita obtém medida protetiva contra Janones
Ex-namorada do deputado, a gestora de Ituiutaba (MG) acusa o parlamentar de ameaçá-la com a divulgação de fotos íntimas tiradas durante o relacionamento amoroso que os dois mantiveram
A Justiça de Minas Gerais determinou que o deputado federal André Janones (Avante-MG) mantenha distância mínima de 300 metros da prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes (Avante). As medidas protetivas concedidas em regime de urgência também proíbem o parlamentar de tentar contato com Leandra ou seus familiares e de ir a locais que ela frequenta.
A decisão, que atende a um pedido com base na Lei Maria da Penha, foi concedida em janeiro deste ano, após a prefeita denunciar o parlamentar por violência doméstica.
Segundo a denúncia, que corre em segredo de Justiça, Janones ameaçou Leandra com a divulgação de fotos íntimas tiradas durante o relacionamento amoroso que os dois mantiveram entre 2014 e 2018. A intenção, conforme narra, seria chantageá-la para influenciar sua gestão à frente da prefeitura. Leandra ainda acusa o ex-namorado de ter enviado essas imagens a um secretário municipal, para que a “ameaça” chegasse até ela.
Na decisão, Janones também está proibido de “divulgar, transmitir ou propagar fotografias, vídeos ou qualquer mídia a respeito da intimidade da ofendida”.
Em nota, Leandra confirmou que entrou com a ação respaldada na Lei Maria da Penha e que “quaisquer informações adicionais só poderão ser divulgadas mediante autorização judicial”. Janones não havia se pronunciado até o fechamento desta edição.
Leandra foi chefe de gabinete de Janones em 2020, durante o primeiro mandato do deputado, e depois foi eleita prefeita de Ituiutaba no mesmo ano, com 46% dos votos válidos. No ano passado, conseguiu a reeleição com 60,27% dos votos. Além da relação pessoal, os dois mantinham uma aliança política e chegaram a aparecer juntos em diversas publicações comemorando conquistas para o município.
Ambos também estiveram sob investigação por um esquema de “rachadinha” no gabinete de Janones. No mês passado, o parlamentar fechou um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e se comprometeu a devolver R$ 131,5 mil para encerrar a investigação sobre as suspeitas do esquema em seu gabinete. O deputado admitiu que, por estar com o nome sujo “no SPC e no Serasa”, recorreu a um de seus assessores parlamentares e pediu um cartão de crédito para custear despesas pessoais.
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
- UNIPOP atende excluídos com cursos profissionalizantes para enfrentarem desemprego no DF
- STF suspende todas as ações do país sobre pejotização de trabalhadores
- Aliados de Bolsonaro prometem manter mobilização durante internação
- Governo Trump vai fazer auditoria em frigoríficos do Brasil
- DF inaugura primeiro Centro de Apoio Biopsicossocial para servidores das forças de segurança do país