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IBGE avalia que 2024 foi ano bem forte para o varejo, que teve o melhor desempenho desde 2012
O comércio varejista brasileiro teve um ano de 2024 “forte”, marcado por sucessivas renovações de recorde de vendas, embora o contexto do primeiro semestre tenha sido mais favorável do que o do segundo, quando houve redução de ritmo. A avaliação é do gerente da Pesquisa Mensal do Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cristiano Santos.
O comércio varejista cresceu 4,7% em 2024, melhor desempenho desde 2012, quando houve uma expansão de 8,4%. Além disso, foi o oitavo ano consecutivo com crescimento no volume vendido. Em 2023, o varejo tinha expandido 1,7%.
“Esse é um ano bem forte, se comparado a 2023”, disse Santos.
O comércio varejista ampliado – que inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício – cresceu 4,1% em 2024, melhor desempenho desde 2021, quando havia expandido 4,5%.
Santos lembrou que a expansão nas vendas no ano passado levou a série com ajuste sazonal a novos níveis recordes sucessivos, até o ápice alcançado em outubro. Até então, o recorde anterior residia no ano de 2020, no processo de recuperação pós-choque da pandemia de covid-19.
“Essa também é uma característica do ano de 2024 que mostra o quão forte ele foi”, disse Santos. “Porém, esse desempenho positivo é desigual entre as atividades”, completou.
Oito das 11 atividades pesquisadas no varejo ampliado fecharam 2024 com expansão: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,2%), Veículos e motos, partes e peças (11,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%), Material de construção (4,7%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,6%), Móveis e eletrodomésticos (4,2%), Tecidos, vestuário e calçados (2,8%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,7%).
As três atividades com perdas foram Combustíveis e lubrificantes (-1,5%), Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-7,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,7%).
Santos diz que o grande destaque positivo foi o setor farmacêutico, único a sustentar também oito anos de crescimento ininterrupto. Em 2024, tanto o subsetor de produtos farmacêuticos quanto o de perfumaria e cosméticos registraram alta nas vendas.
Houve também saldo positivo relevante para a atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento.
Segundo Santos, o setor vinha de dois anos de impactos negativos de uma crise contábil em grandes redes, com lojas fechadas, e 2024 foi um ano de retomada para a atividade. “Teve muitas lojas fechadas no País todo, então teve essa retração (em 2022 e 2023), e nesse ano é ano de retomada para esse setor”, resumiu.
Estabilidade na tendência de alta
Para Cristiano Santos, o comércio varejista brasileiro encerrou 2024 com estabilidade estatística, apesar dos resultados de novembro e dezembro no campo negativo.
O volume vendido pelo comércio varejista recuou 0,1% em dezembro ante novembro, após já ter diminuído 0,2% no mês imediatamente anterior.
O pesquisador pondera que a acomodação atual nas vendas ocorre após uma sequência de altas, que levaram o volume vendido a alcançar patamar recorde em outubro de 2024.
Em dezembro de 2024, o varejo restrito operava 0,3% abaixo do patamar recorde de vendas alcançado em outubro de 2024. O varejo ampliado operava em patamar 2,6% aquém do recorde na série histórica, alcançado também em outubro de 2024.
Segundo Santos, o fechamento do ano no varejo configura uma estabilidade dentro da tendência de alta. Ele diz que as variações negativas de novembro e dezembro foram muito próximas à estabilidade, lembrando que o varejo teve um segundo semestre menos favorável, mas ainda atingiu o pico de vendas em outubro.
“No ano, o contexto (macroeconômico) foi mudando. Nesses últimos dois meses de 2024, o contexto já está bastante diferente do que foi no início do ano. Mas a gente teve expansão da massa de rendimentos, expansão do número de pessoas ocupadas ao longo do ano, o crédito estável principalmente no primeiro semestre. Esses fatores impulsionaram inclusive esse primeiro semestre. Foi um primeiro semestre mais forte, que foi diminuindo ao longo do segundo semestre”, disse o pesquisador do IBGE.
Por outro lado, uma inflação mais forte no segundo semestre, com destaque para o encarecimento da alimentação no domicílio, prejudicou o desempenho do varejo como um todo, especialmente por conta do peso robusto do setor de supermercados na pesquisa, acrescentou Santos. Além disso, a valorização do dólar ante o real teria impactado especialmente a atividade de equipamentos de informática e comunicação. No segundo semestre, a perspectiva para tomada de crédito também começara a diminuir, concluiu.
Nível acima do pré-pandemia
Conforme o IBGE, o volume de vendas do varejo chegou a dezembro de 2024 em patamar 9,3% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado – que inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas operam 4,0% acima do pré-pandemia.
Os segmentos de artigos farmacêuticos, supermercados, veículos, combustíveis e material de construção estão operando acima do nível pré-crise sanitária.
O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 41,6% acima do pré-pandemia; supermercados, 11,6% acima; veículos, 10,1% acima; combustíveis e lubrificantes, 7,7% acima; e material de construção, 4,2% acima.
Os equipamentos de informática e comunicação estão 13,3% abaixo do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 6,0% abaixo; outros artigos de uso pessoal e domésticos, 7,4% aquém; tecidos, vestuário e calçados, 17,1% abaixo; e livros e papelaria, 46,8% abaixo.
Com informações do Jornal de Brasília
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