CPI dos Atos Antidemocráticos remarca depoimento de Anderson Torres para o dia 23
Distritais vão ouvir apenas policial militar Jorge Eduardo Naime nesta quinta-feira (16). Data coincidiu com dia em que Torres vai depor em ação de investigação contra ex-presidente Jair Bolsonaro, que tramita no TSE.
Anderson Torres, em imagem de arquivo — Foto: Getty Images
O depoimento do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres na CPI dos Atos Antidemocráticos foi remarcado para o dia 23 de março. Os parlamentares da Câmara Legislativa do Ditrito Federal (CLDF) haviam agendado uma reunião com Torres para esta quinta-feira (16).
No entanto, a data coincidiu com o dia em que ele vai depor em uma ação de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (veja mais abaixo).
Com a ausência de Torres, os parlamentares vão ouvir apenas o depoimento do coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime, que é chefe do Departamento Operacional da corporação. Ele foi preso em uma operação da Polícia Federal, suspeito de se omitir no enfrentamento e colaborar com os atos golpistas de 8 de janeiro.
Em relação ao depoimento de Torres, ele deve ocorrer de forma privada na CPI, segundo os distritais. O g1 entrou em contato com o advogado do ex-secretário, Rodrigo Roca, e com o Supremo Tribunal Federal (STF), mas não obteve retorno até a última atualização desta publicação.
Na semana passada, os distritais informaram que Torres entrou em acordo com a CLDF para depor, desde que não fosse de forma pública. No entanto, o advogado disse que eles ainda estão decidindo sobre a presença dele na CPI.
O depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres estava previsto para a última quinta (9). No entanto, na terça-feira (7), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que Torres não comparecesse ou que ficasse em silêncio, caso optasse por ir à Casa.
De acordo com a decisão de Moraes, o ex-ministro está preso desde o dia 14 de janeiro e a lei não permite “conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios/depoimentos”.
Testemunha
O encontro com os distritais da CLDF foi concelado após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar, na sexta (10), o depoimento de Torres em uma ação de investigação contra Jair Bolsonaro que tramita no TSE.
O objetivo é que Torres preste esclarecimentos sobre a chamada “minuta do golpe” e sua participação em lives em que o ex-presidente fez ataques às urnas eletrônicas, em 2021.
Pela decisão, o depoimento ocorrerá no próximo dia 16, às 10h, por videoconferência. Torres será ouvido na condição de testemunha e terá assegurado o direito ao silêncio — poderá não responder a perguntas que levem a respostas que possam incriminá-lo.
Com informações do portal G1
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