Furto de arma no DF: falsos policiais invadiram casa de dono da loja em 2023
Dois ataques tendo como vítima o proprietário da loja de armas Delta Guns, Tiago Henrique Nunes, intrigam a polícia. O empresário, que teve um arsenal de armas furtado no fim de semana, foi alvo de uma ação criminosa em 14 de abril do ano passado. Na ocasião, um foragido do saidão, conhecido como “Lagartixa”, junto a outros comparsas, invadiu a casa de Tiago disfarçado de policial civil para roubar armas de fogo sob a alegação de estar cumprindo um mandado de busca e apreensão na residência.
À época, a polícia constatou que “Lagartixa” tinha pleno conhecimento sobre a rotina da vítima e a localização do cofre que guardava os armamentos. Com um colete semelhante ao da polícia, o criminoso se apresentou como agente e disse que deveria recolher as armas de fogo de um atirador esportivo, residente do imóvel. Câmeras de segurança gravaram a ação do autor. As imagens mostraram ele na sala, em meio às crianças, procurando pelos armamentos próximo ao sofá.
O assaltante saiu da residência sem levar nada. “Lagartixa” foi preso meses depois pela Polícia Civil (PCDF). Com uma extensa ficha criminal com passagens por roubo e homicídio, ele é acusado de ordenar a execução de uma pessoa na Expansão do Setor O e chegou a ficar preso em regime fechado por 20 anos.
Em entrevista ao Correio, Tiago ressaltou que, além da invasão em casa, criminosos desconhecidos orquestraram ações de furto contra a Delta Guns por duas vezes. Em ambas, os autores tentaram invadir o local pelo arrombamento da porta e pelo sistema de ventilação, mas sem sucesso.
Furto neste ano
Dias antes do furto, o bando usou documentos falsos para alugar um imóvel localizado a poucos metros da Delta Guns. O contrato foi firmado com uma imobiliária da região e o objetivo era facilitar o acesso à loja de materiais bélicos. Os criminosos quebraram parte da parede e conseguiram entrar por um buraco. Em um primeiro momento, o cálculo é que o arsenal de armas furtado na loja de Ceilândia fique em torno de 100 armas longas, revólveres de distintos calibres e pistolas. O quantitativo exato está em processo de análise.
Tiago ressalta que todo o sistema de câmeras foi retirado pelo grupo. “Os fios do alarme mostram que eles puxaram tudo. Pode ter disparado uma hora, mas eles arrancaram tudo.” Ele afirma que a loja dispõe de monitoramento de vigilância durante 24 horas e considera ter prestado todo o recurso necessário para a proteção do local. “O que eu pude fazer, nós fizemos. Seguimos todas as regras e, por duas vezes, fomos vítimas de tentativas de furto”, disse, ao Correio.
Com informações do Correio Braziliense
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