Avó de Michelle Bolsonaro é enterrada em cemitério de Taguatinga
O corpo da avó da primeira-dama Michelle Bolsonaro foi enterrado na tarde desta quinta-feira (13), no cemitério de Taguatinga, no Distrito Federal. Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 80 anos, morreu na quarta (12) no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), após complicações da Covid-19.
A idosa foi internada em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 1º de julho. De acordo com o prontuário médico, ela foi encontrada “por populares, na rua, caída” na região onde mora, no Sol Nascente, periferia da capital.
Junto com Ceilândia, a região tem o maior número de infecções pela Covid-19 no DF. Eram 15.425 até o início da tarde desta quinta-feira (13).
A primeira-dama Michelle Bolsonaro também testou positivo para a Covid-19 depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi diagnosticado com a doença. Ela está isolada e não compareceu ao enterro. Após a morte da avó, um primo dela usou uma rede social para reclamar de falta de apoio.
Durante o velório, família e amigos fizeram orações. Ao G1, uma das netas de Maria Aparecida disse que a avó era “extremamente bondosa e amorosa”. Segundo Jéssica Graces Braga, a família é de origem simples.
“É uma mulher que, se você contar a história, é uma pessoa muito simples. A família é de pessoas muito simples. Ela sempre estava ajudando todos que estavam a sua volta. Fosse com uma cesta básica, o que ela tinha era para ser dividido.”
A idosa ficou 43 dias internada. Primeiro, procurou o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), apresentando sintomas como tosse seca, febre, coriza, falta de apetite, falta de ar progressiva e dor abaixo das costelas.
Devido ao quadro de saúde, ela foi transferida para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) – a 32 quilômetros de distância – unidade onde havia vaga em UTI naquele dia.
Na quarta-feira (12), o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que administra o HRSM, informou que Maria Aparecida havia sido transferida para de volta para o hospital de Ceilândia. O G1 questionou a motivação, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A avó da primeira-dama permaneceu em tratamento intensivo durante toda a internação. Ela apresentou instabilidade no quadro clínico nas últimas semanas, chegando a registrar melhora por duas vezes. No dia 3 de agosto, a paciente deixou a entubação e respirava com ajuda de máscara de oxigênio. Mas na madrugada de quarta, não resistiu.
Primo critica
Após a morte da avó, um primo de Michelle Bolsonaro reclamou da falta de apoio da primeira-dama. Em uma postagem em rede social, Eduardo de Castro publicou uma foto da idosa e da prima e escreveu: “Obrigado por você não ter feito absolutamente nada por nossa avó! Tanto poder, tanta influência, e por vergonha, sim vergonha, não ajudou seu próprio sangue” (veja acima).
Nas postagens em rede social, o primo da primeira-dama afirma ainda: “Você ajuda tantas pessoas, participa de tantos projetos pra ajudar os outros, e sua própria família você vira as costas [sic]. Triste ver quem você se tornou. Não reconhecemos mais você!”.
Em outra publicação, o rapaz publicou um print de uma mensagem enviada a ele e atribuída ao perfil oficial da primeira-dama, após a postagem com críticas (veja imagem abaixo). No texto, ela ameaça processar o primo, e o chama de “cretino” e “falso”.
Questionado pelo G1 sobre as acusações, o Palácio do Planalto enviou nota. Sem citar o primo da primeira-dama, o texto diz que “a senhora Michelle Bolsonaro lamenta que alguns parentes tratem certos momentos tão pessoais com oportunismo em desrespeito ao sofrimento de todos”. Veja íntegra:
“A primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu com pesar a notícia sobre o falecimento da avó. Ela sente e afirma que é um momento de tristeza e dor para toda a família.
A senhora Michelle Bolsonaro lamenta que alguns parentes tratem certos momentos tão pessoais com oportunismo em desrespeito ao sofrimento de todos.
A primeira-dama permanece recolhida em casa em tratamento contra o novo Coronavírus e espera que o momento de luto seja respeitado, acima de quaisquer questões pessoais e familiares.”
Com informações do G1
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