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Estudo mostra que empresas encontram dificuldade em preencher vagas com profissionais qualificados

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A falta de capacitação dos profissionais tem feito empresas enfrentarem dificuldades para preencher vagas, mesmo num cenário de quase 13 milhões de desempregados no País. Tanta gente sem ocupação não se traduz em oferta qualificada de mão de obra e, portanto, os cargos de maior exigência podem ficar vazios por meses. Conforme pesquisa da Manpowergroup, 61% dos empregadores do País sofre com essa realidade de recursos humanos.

O setor industrial é um dos mais atingidos pela falta de capacitação, pois o Brasil ainda é um lugar relutante em abraçar cursos de nível técnico. Conforme dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), enquanto a média mundial de acesso a esse tipo de especialização está em 50%, no Brasil está em 9%.

“A universidade não é o único caminho, e ingressar em uma não te impede de fazer um curso técnico”, lembra Gustavo Leal, diretor de operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “O salário inicial de um técnico está por volta de 1,5 salário minimo, mas, em cinco anos, pode chegar a quatro ou cinco salários mínimos”, reforça.

Segundo levantamento do Senai, profissões como técnico em mineração e em bioengenharia podem ganhar até R$ 10 mil, mais do que um biomédico ou enfermeiro, por exemplo.

A demanda por qualificação não está restrita a quem está na fila do desemprego. Conforme o Mapa do Trabalho Industrial, o Distrito Federal precisa capacitar 191 mil trabalhadores, entre empregados e sem ocupação, até 2020, para atender à demanda do setor. No Brasil, esse número alcança 13 milhões de pessoas.

“Existem trabalhadores que precisam se especializar para continuar naquela função. O processo envolve você transformar pessoas para e manter capacitado quem já tem a vaga”, resume Leal. Para ele, o País precisa aumentar a oferta de cursos técnicos e as pessoas precisam mudar a mentalidade cultural sobre esse tipo de especialização.

Segundo o Mapa, as áreas mais carentes de capacitação são meio ambiente e produção, metalmecânica e energia. Portanto, é o momento para melhorar a formação profissional e voltar à luta.

Saiba mais

  • Segundo o Mapa do Trabalho, o Centro-Oeste é apenas a quarta região do País em necessidade de mão de obra capacitada para indústria. ENtre DF, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, existe a necessidade de 529 mil profissionais.
  • O Senai garante que as ocupações com maior necessidade de pessoas são: técnicos em vendas especializadas, instaladores de equipamentos de telecomunicação, técnicos em operação de computadores, montadores de veículos, coloristas, instaladores de sistemas de segurança, técnicos em máquinas, montadores de aparelhos de comunicação e técnicos em laboratório industrial.

Jornalista

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