Professora e PM discutem em colégio em Ceilândia; o colégio é um dos que foram militarizados pelo GDF
Uma professora do Centro de Ensino 7 de Ceilândia (escola militarizada) e um sargento da Polícia Militar do DF (PMDF) tiveram um entrave na última terça-feira (12), segundo denúncia da docente. Ela acusa o policial de desrespeitá-la em sala de aula, território onde a autoridade máxima é o professor.
Segundo a professora, o militar teria entrado em sala de aula para fazer advertências e dito que a professora não teria autoridade sobre a sala. Ela afirma ainda que o PM fez pouco caso da situação. “Ele [o militar] está dizendo que não tenho autoridade sobre essa sala. Entrou para fazer advertências indevidas durante o período de aula. Isso é inadmissível”, reclama. “Está sorrindo, fazendo chacotas, sendo irônico. A autoridade dentro da sala sou eu. A sala de aula é minha e o referido sargento está atrapalhando o andamento da aula”, reivindica a docente.
Parlamentares
Alguns parlamentares se manifestaram sobre o episódio, uma vez que o tema da gestão compartilhada tem gerado debates desde o início do ano. A deputada distrital Arlete Sampaio (PT) reforçou seu posicionamento a respeito da intervenção da PM nas escolas do DF. “Não é por meio de atores sociais que não fazem parte do universo educacional que resolveremos as questões emergentes da educação, por isso, afirmamos que a militarização das escolas não é a solução”.
Outro deputado a comentar o caso foi o distrital Reginaldo Veras (PDT). “Nunca fui contra [a escola militarizada], contanto que ela nasça militar. Não dá pra eu pegar uma escola pública que tem toda uma estrutura cultural, educacional e pedagógica, e simplesmente passar por um processo de militarização com base no autoritarismo, na arbitrariedade, no despreparo daqueles que ali estão, que não tem qualquer formação educacional e se acham no direito de desautorizar uma professora”, afirmou.
A Secretaria de Educação afirmou, por meio de nota, que irá apurar os fatos antes de um pronunciamento completo. A PMDF promete fazer análise do caso.
Com informações do Jornal de Brasília
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