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Lago Sul, em Brasília, seria o município mais rico do Brasil; entenda

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Renda média na região é de R$ 23,1 mil, quase três vezes mais que primeiro colocado do ranking. Divulgado nesta segunda-feira, ‘Mapa da Riqueza’ usou declarações do Imposto de Renda de 2020.

Lago Sul, região nobre de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

Lago Sul, região nobre de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

 

Se fosse um município, o Lago Sul, região nobre de Brasíliaseria o mais rico dos mais de 5,5 mil que existem em todo o Brasil. É o que aponta a pesquisa Mapa da Riqueza, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (13).

A renda média da população da região administrativa da capital federal é de R$ 23,1 mil, quase três vezes mais que o primeiro colocado do ranking: Nova Lima, em Minas Gerais. O município mineiro tem renda média de R$ 8.897.

Para realizar o levantamento, os pesquisadores levaram em consideração as declarações do Imposto de Renda de 2020. Mais de 80% da população não fez a declaração em 24 das 27 unidades da federação e em 16 das 27 capitais, indicando que a maioria das pessoas nesses locais tinha renda inferior a R$ 2 mil.

“A questão do funcionalismo público tende a ser importante. Quando se olha para o ranking das ocupações mais bem pagas, a maioria — 60% — é ligada ao setor público federal. Essa é uma liderança folgada e não é nova”, diz Marcelo Neri, diretor da FGV Social e responsável pelo estudo.

 

O pesquisador aponta que em pesquisas de 2018, por exemplo, o Lago Sul já ocupava a posição registrada no levantamento publicado nesta segunda. Mesmo a falta de reajuste salarial de servidores públicos durante a pandemia de Covid-19 mudou o cenário, apesar de ter diminuído um pouco a diferença, aponta Nery.

William Baghdassarian, professor de Economia do Ibmec Brasilia, também destaca a importância do funcionalismo público no resultado encontrado na pesquisa. “O resto da população, que trabalha fora do serviço público e de empresas que prestam serviço para o serviço público, volta para a média nacional”, aponta.

De acordo com o levantamento, outras seis regiões administrativos superaram o rendimento do município mais rico do Brasil. São elas:

  • Lago Norte: R$ 12.582
  • Jardim Botânico: R$ 12.453
  • Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA): R$ 12.348
  • Sudoeste/Octogonal: R$ 11.355
  • Brasília: R$ 11.056
  • Park Way: R$ 11.054

 

Veja ranking por municípios brasileiros acima de 50 mil pessoas:

Ranking por município

Municípios mais ricos Municípios mais pobres
Nova Lima (MG): R$ 8.897 Ipixuna do Pará (PA): R$ 71
Santana de Parnaíba (SP): R$ 5.791 Viseu (PA): R$ 95
São Caetano do Sul (SP): R$ 4.698 Granja (CE): R$ 97
Florianópolis (SC): R$ 4.215 Buíque (PE): R$ 97
Niterói (RJ): R$ 4.192 Vargem Grande (MA): R$ 99

Unidades da federação

 

O Distrito Federal também tem a população mais rica do Brasil quando a comparação é feita entre as unidades da federação. De acordo com o levantamento da fundação, o DF aparece em primeiro lugar, com renda média de R$ 3.148.

O número é quase oito vezes o rendimento do Maranhão, o último lugar na lista. Na unidade da federação, a população ganha, em média, R$ 409. Já a média nacional, é de R$ 1.310 — duas vezes menos que o registrado no DF.

Em segundo lugar no ranking pesquisado pelo Mapa da Riqueza, está São Paulo, com R$ 2.093, e, em seguida, aparece o Rio de Janeiro, com rendimento médio de R$ 1.754.

Ranking por UF

UF mais ricas UF mais pobres
Distrito Federal: R$ 3.148 Maranhão: R$ 409
São Paulo: R$ 2.093 Pará: R$ 507
Rio de Janeiro: R$ 1.754 Alagoas: R$ 552
Rio Grande do Sul: R$ 1.673 Piauí: R$ 554
Santa Catarina: R$ 1.652 Ceará: R$ 583

Capitais

Já no quesito capitais, Brasília perde algumas posições no ranking e aparece em 6º lugar. Nessa batalha de riquezas, Florianópolis, em Santa Catarina, é campeã. A capital catarinense tem renda média de R$ 4.215, enquanto a capital Federal registra R$ 3.148.

A média para o país é de R$ 1.311. Veja o ranking com as cinco capitais mais ricas e as mais pobres do Brasil, segundo a pesquisa Mapa da Riqueza:

Ranking por capitais

Como resolver a disparidade?

Para o diretor da FGV Social, Marcelo Nery, o estudo joga luz sobre a necessidade de reforma do Imposto de Renda, com a criação de taxação progressiva — ou seja, cobrança que varia de acordo com a quantia dos valores declarados —, por exemplo.

O pesquisador também aponta a importância de uma reforma tributária e da manutenção de programas sociais, como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Minha Casa, Minha Vida.

“A fotografia da desigualdade brasileira entre pessoas e localidades é maior do que se pensava e piorou durante a pandemia”, conclui Nery.

 

Para o professor William Baghdassarian, a educação também tem papel primordial na mudança desse cenário.

“Quanto mais pessoas e quanto mais qualificadas forem, mais rápido o Brasil vai crescer. Apesar de a gente dizer que educação é prioridade, quando você vê no orçamento e nas políticas públicas, parece que não é”, afirma o economista.

 

O educador destaca ainda a necessidade de instituições sólidas. “O Ministério da Pesca, por exemplo, que começa, termina, vira secretaria, perde muito em termos de continuidade da política pública. Apesar de todo litoral e de rios, somos um país pouco relevante no mercado da piscicultura”, explica Baghdassarian.

Fonte: G1

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