youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

Dengue tem taxa de mortalidade maior entre idosos

By  |  0 Comments

A epidemia de dengue avança no Distrito Federal e ceifou até então 109 vidas, das quais a maioria são de pessoas idosas, segundo o último boletim epidemiológico publicado no dia 10 de março. De acordo com o boletim, 59,63% das mortes por dengue no DF foram de pessoas com mais de 60 anos. Especialista geriatra explica que fatores fisiológicos fazem com que essas pessoas fiquem mais expostas a tipos graves da doença e tenham pouca resposta a vacinas virais, como a Qdenga.

Até então, a Secretaria de Saúde confirmou a morte de 6 pessoas com 19 anos ou menos, 12 entre 20 e 39 anos, 25 entre 50 e 59 anos e 65 pessoas com 60 ou mais, além de 52 óbitos que estão sob investigação. Como ocorreu com a Covid-19, e tende a ocorrer com outras doenças virais, pessoas idosas costumam apresentar uma mortalidade maior ao enfrentá-las.

Segundo Priscilla Mussi, geriatra e coordenadora de Geriatria do Hospital Santa Lúcia, o corpo da pessoa idosa dispõe de características que o dificultam enfrentar agentes invasores, como vírus e bactérias. “Os idosos têm uma característica que se chama imunossenescência, que é o envelhecimento natural do sistema imunológico. É como se o sistema imunológico percebesse mais atrasado que tem uma infecção”, afirma.

Segundo diz, é esse mesmo fator que faz com que a atual vacina para a dengue, Qdenga, não seja recomendada para pessoas acima de 60 anos. “Não vai ter eficácia. O sistema imunológico não vai entender o que são 4 vírus juntos. A gente tem alguns estudos que mostram que a eficácia de 60 a 65 é menos de 20%, e acima de 65 não tem eficácia nenhuma”, explica. O corpo não reage da mesma forma, no entanto às vacinas de covid-19 e gripe, que carregam apenas uma pequena parte do vírus e apresentam maior efetividade com idosos.

Outro fator levantado pela geriatra é a baixa hidratação. Segundo explica, a pessoa idosa tende a ficar mais desidratada naturalmente, por ter um corpo que retém menos água, além de ter, em geral, o hábito de se hidratar pouco. “Quem convive com alguém que é idoso sabe o quão é difícil dar água para eles. Eles já são um pouco mais desidratados, então quando uma pessoa assim se infecta com a dengue, que exige muita hidratação, tende a ficar com o quadro de saúde mais debilitado”, afirma. O recomendado para um paciente com dengue é de 3 a 4 litros por dia.

Os remédios tomados pelas pessoas idosas para tratar quadros de saúde posteriores a um AVC, infarto, pressão alta ou diabetes, de uso comum para pessoas nessa faixa etária, podem ser um fator de complicação justamente por serem remédios antiagregantes, que facilitam o sangramento. Seriam essas as aspirinas, que tendem a vir com o aviso “não indicado em caso de suspeita de dengue” na caixa. Mussi explica que um dos efeitos da dengue é a diminuição do nível de plaquetas, estruturas no sangue que promovem a coagulação, o que, combinado com o efeito colateral desses remédios, pode facilitar o aparecimento da dengue hemorrágica.

A epidemia de dengue,no presente momento, apresenta um aumento de 1.575,9% no número de casos prováveis em residentes no DF se comparado ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 8.209 casos prováveis da doença no DF, segundo o boletim epidemiológico. Os grupos etários com maior incidência são de 20 a 29 anos, seguido 50 a 59 anos e 70 a 79 anos, com a incidência de, respectivamente, 4.931,2 casos por 100 mil habitantes, 4.763,6 casos por 100 mil habitantes e 4.648,4 casos por 100 mil habitantes.

Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, as recomendações para evitar contágio são, além de uso de repelente, uso de telas nas janelas e repelentes em área de reconhecida transmissão, remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos, vedação dos reservatórios e caixas de água, desobstrução de calhas, lajes e ralos e participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Importante destacar que, segundo Mussi, não há qualquer contraindicação ao uso de repelente em pessoas idosas, independente dos remédios tomados.

Com informações do Jornal de Brasília

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *