Política

PT do DF busca formar alianças para disputar eleições em 2022

By Jeová Rodrigues | 14 de maio de 2021 0 Comments

O presidente do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF), Jaci Afonso, disse que o partido está trabalhando no momento em duas frentes. Uma, é a política de rua, com protestos, comitês e debates junto à população e à militância. A outra, é política partidária, por meio de conversas que busquem construir uma aliança entre partidos de esquerda para disputar as eleições de 2022.

A fala de Afonso foi feita em entrevista ao Jornal TaguaCei, Jacy afirmou que a direção do PT-DF, ou uma comitiva do PT DF recebida por Lula foi composta por Jacy Afonso, presidente, Arlete Sampaio e Chico Vigilantes, deputados distritais, Erika Kokay, deputada Federal, e Rosilene Corrêa e Geraldo Magela, vice-presidentes. Segundo Jacy, Lula tem interesse pela história do PT do Distrito Federal, que já elegeu dois governadores petistas (Cristovam Buarque e Agnelo Queiroz), bem como senadores, deputados federais e distritais. “Lula registrou essa força do PT aqui na capital federal e estamos buscando, com a nossa direção, reorganizar e fortalecer o partido para a disputa de 2022 e auxiliar Lula na presidência a partir de 2023.” A reunião ocorreu no Hotel Royal Tulip, onde Lula se hospeda em Brasília, Lula que esteve em Brasília para conversar com vários políticos de diferentes partidos políticos e também com Embaixadores de outros países. Debater os rumos do partido dos trabalhadores para o próximo período. Na opinião do presidente do PT-DF, o momento é de dialogar com a sociedade no sentido de formular uma “estratégia” para derrotar a possível reeleição do atual governador Ibaneis Rocha (MDB).

“Nós tivemos dificuldades nas duas últimas eleições e, portanto, o que a direção do PT no DF está fazendo é corrigir esse processo. Nós precisamos ter uma estratégia de crescimento da bancada do PT no DF e no país”, afirmou Jaci Afonso.

Esse trabalho cotidiano já tem sido feito, afirma ele. Como resultado dessa atuação partidária no dia a dia da população, Afonso lembra da pressão que o PT tem desempenhado sobre o governo federal e o governo do DF para que haja um aumento na compra de vacinas contra a covid-19. Outra ação bastante cara à população e que tem sido encabeçada pelo PT, é o aumento do valor do auxílio emergencial para R$ 600, inclusive um dos motivos da vinda de Lula a Brasília foi defender junto aos parlamentares essa proposta.

“O PT tem a estratégia de conquistar as eleições, mas, ao mesmo tempo, queremos reforçar o papel partidário, o funcionamento cotidiano do partido, para que seja um partido que debata, participe de forma democrática, que esteja na periferia, nos locais de trabalho, que esteja em todos os locais”, lembra Jaci Afonso.

A meta central do PT-DF para as próximas eleições será a de construir alianças com outros partidos de esquerda para tentar vencer a chapa encabeçada por Ibaneis. Para Afonso, essa união entre os partidos de viés progressista é fundamental para recompor a força da esquerda dentro do DF, já que, como ele lembrou, a capital federal já teve dois governos do PT, além de senadores e deputados federais. “Pois queremos construir uma frente para derrotar Ibaneis, que é cria do Roriz. Fazer oposição ao Ibaneis significa construir uma frente para derrotá-lo”, afirma.

Já para disputar as eleições no DF, Jaci vê a possibilidade de conversar com partidos que hoje são liderados na Câmara Legislativa do DF (CLDF) pelo distrital Fábio Felix (Psol), Leandro Grass (Rede) e Prof. Reginaldo Veras (PD), para tentar formular essa frente que busque recuperar o espaço político que a esquerda perdeu nos últimos anos na capital federal.

“O PT está orientando a luta de reorganização do partido através da nossa sinergia e, agora, nós vamos intensificar mais ainda essa política porque nós temos que estar juntos com aquilo que é do cotidiano. Nós queremos que essa luta na rua, da defesa do povo contra os despejos, a luta na Câmara distrital para instalar a CPI da Saúde aqui do DF, seja feita através de uma aliança política que se dê na rua e no parlamento”, diz Afonso.

Para o cenário nacional o caminho é o mesmo, porém, com uma intensificação no parlamento, para que possa ser eleito o maior número de deputados e senadores possível para dar sustentação a um possível governo liderado por Lula, que deve disputar as eleições presidenciais pelo PT.

“Queremos escalar o melhor time possível de candidatos para o parlamento. Nós queremos isso para dar sustentação ao presidente Lula e vamos adotar medidas para fortalecermos o partido”, ressalta Jaci Afonso.