Descoberta aconteceu durante escavações para reforma da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém
Novas descobertas arqueológicas em Jerusalém revelam o local onde possivelmente Jesus Cristo foi sepultado. A localização, na Igreja do Santo Sepulcro, se encaixa na descrição presente na Bíblia, no Evangelho de João. As informações são do The Times of Israel.
A descrição bíblica afirma que “no lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e no jardim, um sepulcro novo, onde ninguém ainda havia sido posto”. Análises arqueobotânicas e de pólen feitas com amostras de solo da igreja apontam que existiam oliveiras e videiras no subsolo.
As escavações começaram em 2022, após autorização para uma reforma na basílica pelas três principais comunidades religiosas que administram o local: Patriarcado Ortodoxo, a Custódia da Terra Santa e o Patriarcado Armênio. A restauração, a primeira desde 1808, objetivou ainda a substituição do piso da igreja, a maioria datado do século XVIII.
“Durante as obras de renovação, as comunidades religiosas decidiram também permitir escavações arqueológicas sob o piso”, conta Francesca Romana Stasolla, líder da pesquisa e professora da Universidade Sapienza de Roma.
Embora os cientistas não tenham concluído as análises de radiocarbono, as descobertas sugerem que as construções remontam à época pré-cristã. Segundo Stasolla, a área já pertencia à cidade no período do império de Adriano, por volta de 130 d.C. “No entanto, na época de Jesus, a área ainda não fazia parte da cidade”, explica.
História de Jerusalém
A Igreja do Santo Sepulcro, na tradição cristã, já era associada à crucificação e ao sepultamento de Jesus. Ao longo dos séculos, o local passou por diversas destruições e reconstruções. Para a arqueóloga, as camadas do subsolo da basílica são como páginas de livros que remontam a história de Jerusalém desde a Idade do Ferro, 1200 a 586 a.C.
Segundo ela, o local inicialmente era uma pedreira. “Durante as escavações, encontramos cerâmicas, lâmpadas e outros objetos do cotidiano que remontam a esse período”, relata. Com a desativação da pedreira, o local passou a ser utilizado para a agricultura até a construção da igreja.
“As descobertas arqueobotânicas foram especialmente interessantes para nós, à luz do que é mencionado no Evangelho de João, cuja informação parece ter sido escrita ou reunida por alguém familiarizado com Jerusalém da época”, explica. “O Evangelho menciona uma área verde entre o Calvário e o túmulo, e nós identificamos esses campos cultivados.”
Além da atividade agrícola, a área também teria sido utilizada para sepultamentos na época de Jesus. No século VI, Constantino, o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo, construiu uma estrutura em volta de um desses túmulos, o qual seria supostamente o de Jesus.
“Constantino escolheu aquela que vinha sendo venerada como o túmulo de Jesus e escavou ao seu redor na área que corresponde à atual rotunda, isolando-o dos demais túmulos”, explica. A escavação encontrou uma base de mármore que faz parte da monumentalização da sepultura feita por Constantino.
A partir da descoberta, os pesquisadores iniciaram análises do mármore para obter mais informações sobre a origem e data do material.
“O verdadeiro tesouro que estamos revelando é a história das pessoas que fizeram deste lugar o que ele é, ao expressarem aqui sua fé,” declara. “Se alguém acredita ou não na historicidade do Santo Sepulcro, o fato é que gerações de pessoas acreditaram — e isso é objetivo. A história deste lugar é a história de Jerusalém e, ao menos a partir de certo momento, é também a história do culto a Jesus Cristo.”
Além do túmulo, as escavações encontraram outros artefatos como moedas antigas que remetem ao século III d.C. e ossos de animais.
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