Ação investiga a atuação de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas, a Conafer. Entidade teria crescimento de 16.185% em 1 ano
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (14/5), dois novos mandados de busca e apreensão no âmbito da operação Sem Desconto, que investiga a fraude bilionária de descontos indevidos de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nesta fase, o objetivo é apurar a atuação de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas.
A força-tarefa de hoje foi autorizada pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. As ações estão sendo cumpridas em na cidade de Presidente Prudente (SP). Os alvos são Cícero Marcelino de Souza Santos, assessor do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer); Carlos Roberto Ferreira Lopes; e Ingrid Pikinskeni Morais Santos, sócia e mulher de Cícero Marcelino.
A investigação aponta um aumento expressivo em recebimento de descontos por parte da Conafer. Entre 2019 e 2020, a entidade passou de R$ 350,2 mil para R$ 57 milhões: crescimento de 16.185%. A elevação continuou de 2022 para 2023: saiu de R$ 92,2 milhões para R$ 202,3 milhões em contribuições arrecadadas, subida de 119%.
Segundo a Polícia Federal, Cícero Marcelino é suspeito de ter adquirido carros de luxo com dinheiro desviado dos descontos indevidos de aposentados e pensionistas.
O Correio tenta contato com a assessoria da Conafer. O espaço permanece aberto para manifestação de todos os envolvidos.
Fraude bilionária
A operação realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que associações cadastravam pessoas sem autorização e com assinaturas falsa no sistema para desviar dinheiro.
De acordo com a CGU, 97,6% dos beneficiários ouvidos afirmam que não autorizaram os descontos mensais que foram aplicados diretamente no contracheque. A operação da Polícia Federal revelou que o desvio bilionário contou com envolvimento de servidores, propinas e associações de fachada.
O caso, que resultou na demissão do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, tem como figura central o ministro da Previdência, Carlos Lupi — ele havia sido informado do caso em 2023. O inquérito aponta indícios da prática dos crimes de corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações e violação de sigilo funcional. O esquema fraudulento que teria movimentado cerca de R$ 6 bilhões.
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