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Presidente Luis Arce desiste de reeleição na Bolívia

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Ele também propôs “a mais ampla unidade da esquerda” para buscar uma candidatura única que enfrente a direita

O presidente da Bolívia, Luis Arce, desistiu na terça-feira (13/5) de buscar a reeleição no pleito de agosto, diante do iminente fracasso de sua candidatura por seu governo impopular.

Arce desistiu da candidatura a um novo mandato de cinco anos algumas semanas após ser proclamado candidato pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS).

O mandatário enfrenta há mais de um ano uma crise econômica grave, provocada pela escassez de dólares e combustíveis, que resultou em protestos.

Economista de 61 anos, Arce estava mal nas pesquisas: a mais recente, publicada no final de março pela consultoria Captura, mostrava o presidente com apenas 1% das intenções de voto.

“Anuncio hoje ao povo boliviano, com absoluta firmeza, minha decisão de declinar minha candidatura à reeleição presidencial”, disse Arce, em mensagem exibida pela emissora oficial Bolívia TV. 

Ao mesmo tempo, propôs “a mais ampla unidade da esquerda” para buscar uma candidatura única que enfrente a direita.

O atual presidente foi ministro da Economia durante a maior parte do governo de Evo Morales (2006-2019), hoje seu maior adversário político.

O líder indígena, que busca seu quarto mandato, acusa Arce de orquestrar uma suposta perseguição judicial contra ele para impedi-lo de disputar as eleições de agosto.

Uma decisão judicial determinou, no final de 2023, que ninguém pode exercer a presidência por mais de dois mandatos.

“Faço um desafio ao ex-presidente Evo Morales para não insistir em ser candidato à presidência”, acrescentou.

Com Arce fora da campanha, a disputa pela liderança da esquerda envolverá Morales e o atual presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, que há poucos dias rompeu com o líder cocaleiro ao anunciar a intenção de participar das eleições. 

Durante seu discurso, Arce convocou Rodríguez e outras forças de esquerda a “pensar e agir em função da unidade”.

“Para a oposição” de direita, dividida em várias candidaturas, enfrentar uma esquerda unida “é o cenário mais complicado”, disse à AFP Carlos Cordero, analista político.

Rodríguez, segundo as pesquisas mais recentes que excluem Morales devido ao seu impedimento legal, lidera as intenções de voto com 18%.

Arce assumiu o poder em novembro de 2020, após vencer as eleições com 55% dos votos. Na época, ele era lembrado pelo bom período econômico que a Bolívia registrou durante seus quase 12 anos à frente do ministério da Economia. 

Durante o período, o país triplicou a produção interna e reduziu a pobreza de 38% para 15%.

As divisas obtidas pela exportação de gás alimentaram uma robusta política interna de subsídios, em particular de combustíveis.

Depois que Arce assumiu como presidente, a queda na produção de gás prejudicou a economia. O governo teve que recorrer às reservas internacionais para importar gasolina e diesel e vendê-los a preços subsidiados, o que provocou uma escassez de dólares.

Em abril, a inflação em 12 meses alcançou 15%, a taxa mais elevada desde 2008.

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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