youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais

‘Vamos terminar o ano melhor do que começamos, mas longe do que gostaríamos’, diz administrador de Ceilândia

By  |  0 Comments

As dificuldades de cuidar da maior região administrativa do Distrito Federal, a falta de recurso material e financeiro, o reconhecimento por parte da população que consegue ver os avanços que já foram feitos na região e o planejamento para a execução de ações dentro da regional são algumas das explicações que o administrador de Ceilândia, Dilson Resende de Almeida deu durante uma entrevista exclusiva ao TaguaCei.

Com mais de 33 anos como servidor público dentro do Governo do DF (GDF), Dilson diz que tem buscado fazer em sua gestão um trabalho “técnico” e que vise “resultados”. “Vamos terminar o ano melhor do que começamos, mas longe do que gostaríamos”, afirma ao fazer uma rápida avaliação sobre seu governo. O administrador também falou sobre os desafios de administrar a maior cidade do DF. “Tudo em Ceilândia é grande. Então, como o cobertor é curto, nós estamos buscando os piores locais como prioridade”, ressaltou Dilson durante a entrevista.

Confira abaixo a entrevista na íntegra.

Jornal TaguaCei – Administrador, o senhor estava no cargo quando houve recentemente a inauguração do primeiro trecho da revitalização da avenida Hélio Prates. O que essa obra traz de melhoria para Ceilândia?

Dilson Resende – A Avenida Hélio Prates está passando por um processo de reforma e de integração do transporte coletivo. Foi entregue a primeira etapa, que foi a parte das adequações das marginais e o calçamento com acessibilidade. Agora a segunda etapa será o corredor de ônibus, que vai ser essa integração que está sendo feita no DF todo, como no setor policial, do lado de Planaltina, o senhor vai ver que estão sendo feitos corredores para que haja a integração para melhorar a qualidade do transporte coletivo. Então, neste momento temos a necessidade do recapeamento, da melhoria no asfalto, que vai ser feita no final da obra. Então, a Hélio Prates muito em breve vai ser uma avenida diferente, trazendo mais qualidade no transporte das pessoas.

JT – Uma das demandas mais antigas e atuais da população de Ceilândia é a malha asfáltica das vias principais e das ruas dentro das quadras. O que a administração tem feito para esses problemas?

D.R. – Asfalto é uma infraestrutura muito cara. O senhor (o entrevistador) está acompanhando, nós estamos vivendo um momento de queda de arrecadação, o governador teve que fazer um contingenciamento orçamentário para se precaver dessa queda de arrecadação. Então, nós estamos trabalhando com o apoio porque quem tem a infraestrutura de asfalto é a Novacap. A gente recebe a massa asfáltica deles, nós temos duas equipes fixas na cidade, que ficam na administração são da Novacap, e contratos terceirizados que prestam serviço para cidade. Então, nós temos um planejamento: nós iniciamos ao final das chuvas os mutirões, primeiro na Expansão do Setor O, depois nós fomos para P Sul e Guariroba – que por final são as áreas mais degradadas de Ceilândia –; depois passamos para o P Norte e estamos agora na QNQ e na QNR; vamos para o Privê, depois para o Setor O e, em seguida, para Ceilândia Norte e finalizando em Ceilândia Sul. Estamos correndo, não conseguiremos, infelizmente, para atender todas as áreas, porque são muitas, é a maior malha viária do Distrito Federal. Tudo em Ceilândia é grande. Então, como o cobertor é curto, nós estamos buscando os piores locais como prioridade.

JT – As entrequadras também estão tendo atenção?

D.R. – Estamos dando atenção às quadras, mas, infelizmente, nós não vamos conseguir fazer todas, mas nós estamos listando as que estão em estado pior para serem feitas. Hoje (13/7) mesmo já recebi demanda de uma quadra que está muito ruim. Nós já vamos deslocar as equipes e vamos atender aquela quadra.

JT – Como o senhor avalia sua gestão até o momento? O que o senhor vê como positivo em relação ao trabalho que foi feito pela sua equipe nesses primeiros meses de gestão?

D.R. – Não tenho pretensões de eleições, não quero ser candidato, apesar de ser político, mas estamos conduzindo a gestão tecnicamente. O que que uma cidade como Ceilândia precisa? Ceilândia precisa de um olhar diário de manutenção. Você tem manutenção preventiva, periódica e corretivas. Se durante toda a história de Ceilândia, essas manutenções estivessem sido feitas dentro da técnica, nós estaríamos com a cidade perfeita. Não estou criticando nenhum antecessor porque todos tiveram suas dificuldades como nós estamos tendo hoje, que é a (falta) de recursos financeiros e, às vezes, materiais também. Então, nós hoje estamos correndo contra o tempo para tentar minimizar essas questões (problemas urbanos) que são de décadas.

Estou muito satisfeito de estar aqui, estou gostando muito da recepção que estamos tendo aqui na cidade, porque as pessoas estão entendendo que nós estamos buscando um resultado, logicamente com recursos escassos, mas com o compromisso de buscar, de ouvir, de receber as pessoas e de ter um planejamento para a cidade, isso nós estamos cumprindo.

JT – Como tem sido a relação da sua gestão com o governador Ibaneis Rocha?

D.R. – O governador Ibaneis realmente tem um carinho muito grande pela cidade. Tanto é que estou aqui na cota dele e, por isso, estamos de portas abertas a todos, todos (deputados federais e distritais) podem colocar emendas em nossa cidade. E temos também um trabalho social que nós também buscamos dar apoio. Com relação à insegurança que essa carência, que essa pobreza traz, a gente busca também trabalhar. Nós temos muitos moradores em situação de rua que, infelizmente, eles acabam se alojando, onde piora a segurança, mas também piora a limpeza e a gente também não que ver o semelhante sofrer. Então, buscamos fazer ações integradas junto ao governo.

JT – Neste primeiro semestre de sua gestão, deu para conhecer um pouco mais sobre a cidade?

D.R. – Eu digo que a população de Ceilândia conhece a cidade infinitamente melhor do que eu. Mas os problemas estruturais de Ceilândia, eu acho que sou um dos que mais conhece hoje. Porque eu conheço essa cidade, há dois anos e meio eu estou andando dentro de questões estruturais.

J.T. – Quais serão os passos da administração no próximo período?

Nós temos um planejamento para também reformar os campos de grama sintéticos, os parquinhos, implantar o Parque Urbano do Setor O, nós vamos chamar agora uma audiência pública para discutir sobre, estamos também cuidando da Praça dos Eucaliptos, estamos cuidado da cidade como um todo.

JT – Na saúde, haverá alguma medida?

D.R. – A saúde, com a secretária Luciene Florêncio, está fazendo o que consegue, porque é como eu falo: ‘o gestor não tem só pode fazer o que é permitido em lei, ele trabalha com orçamento, ele é limitado em todos esses aspectos’. E o problema da saúde do DF não é só do DF, é de toda uma região macro, maior inclusive do que o Entorno, por isso, temos que contar com o apoio do governo federal para a gente melhorar a questão da saúde.

JT – O senhor acha que este segundo mandato do governador Ibaneis e a nova gestão no governo federal podem ajudar a melhorar um pouco mais as condições de vida da população de Ceilândia?

D.R. – Os olhos estão virados para Ceilândia. Esperamos que o governo federal nos ajude muito aqui. A determinação do governador é que temos que governar ouvindo as pessoas e isso eu faço. Estamos aqui à disposição. E gostaria de agradecer à cidade de Ceilândia que tem nos recebido tão bem e que tem participado desta gestão. Chamamos quem não teve de estar aqui, trazendo as demandas de sua comunidade, do seu setor, estamos aqui de portas abertas para buscar solução para que Ceilândia melhore um pouquinho a cada dia.

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

Jornalista

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *