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Militares do curso de formação de praças do DF começam treinamento

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Atualmente, a população conta com 9.829 efetivos responsáveis pelo policiamento. Com a inclusão dos novos integrantes, o número pode chegar a 11.089. Além da cerimônia, governador Ibaneis também comentou sobre a greve dos médicos do DF

Na manhã desta sexta-feira (13/9), 1.260 profissionais que iniciaram o XI Curso de Formação de Praças (CFP XI) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram recepcionados em uma cerimõnia. Trata-se da maior convocação dos últimos anos, com destaque para a maior presença de mulheres no concurso. O evento ocorreu no Complexo de Ensino da Polícia Militar (Cepom), em Taguatinga, e contou com a presença do governador Ibaneis Rocha (MDB).

O chefe do Executivo destacou que as mulheres representam 26,92% do novo efetivo, em conformidade com a nova interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) que retirou o teto de 10% das vagas voltadas à presença feminina nos quadros da PMDF. “A decisão foi bastante acertada no sentido de permitir uma maior participação das mulheres nesse concurso”, destacou Ibaneis Rocha. Em cumprimento à decisão, foram convocadas 323 militares para o CFP XI.

“O compromisso do GDF (Governo do Distrito Federal) é melhorar ainda mais a nossa segurança pública. Atualmente somos a segunda capital mais segura do Brasil, e vamos trabalhar para que, até 2026, conquistemos o primeiro lugar, que é onde merecemos estar”, ressaltou o governador. Desde 2019, foram nomeados 3,9 mil militares da PMDF, entre oficiais e praças. Atualmente, a população conta com 9.829 efetivos responsáveis pelo policiamento — número que pode chegar a 11.089 com a inclusão dos novos integrantes do CFP XI.

Segundo a vice-governadora Celina Leão (PP), melhorar a segurança pública no DF está diretamente ligado à formação de novos policiais. “Desde 2019, temos ampliado de modo sistemático o número de integrantes da corporação. Esforço que se mede pela sensação de segurança em nossa cidade e que colocou o DF como a segunda cidade mais segura de todo o país”, disse.

Em concordância, o secretário em exercício de Segurança Pública, Alexandre Patury, destacou o quanto é necessário recompor os quadros da PMDF. “A legislação mudou ao longo dos anos, isso fez com que muitos se aposentassem. Então, o nosso esforço é para retomar o efetivo e agora estamos aqui dando boas-vindas aos que chegam para somar”, concluiu Patury.

CFP XI

O Curso de Formação de Praças é a etapa inicial na carreira dos futuros militares. Durante a capacitação, os candidatos recebem treinamento teórico e prático, desenvolvendo habilidades essenciais para a atuação na segurança pública. Esse processo prepara os novos praças para enfrentar os desafios da profissão e contribuir de maneira significativa na segurança da comunidade.

“O papel de um policial militar é um dos mais essenciais na manutenção da paz e da segurança social. Eles estarão na linha de frente, enfrentando situações complexas e desafiadoras onde as habilidades adquiridas no curso de formação farão toda a diferença”, frisou a comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Barros Habka.

Ainda de acordo com a coronel, serão 1,4 mil horas de atividades intensas e a previsão é que a formatura seja no aniversário da corporação, em 13 de maio, “para darmos à população, de presente de aniversário, esses 1,2 mil policiais militares”, revelou. 

Após os primeiros meses de formação, os profissionais iniciarão o estágio supervisionado e, ao final do curso, serão distribuídos entre as unidades operacionais da PMDF para atuarem definitivamente nas ruas das cidades.

Greve dos médicos

Questionado sobre a greve dos médicos do DF, que perdura há 10 dias, o governador afirmou que se trata de uma demanda com “dificuldade de avançar”. “A discussão com os médicos está sendo travada com o secretário Ney (Ferraz), mas ela tem muita dificuldade de avançar. Só os pedidos dos médicos ultrapassam R$ 600 milhões e não existe, no orçamento do DF, esses recursos”, declarou

“Estamos nos esforçando. Já demos um reajuste de 18%, contratamos diversos profissionais, concedemos um plano de saúde que um dos mais baratos do país e a gente vem atendendo todas as reivindicações dos funcionários públicos do DF. Mas, de vez em quando, chegam pedidos que são absurdos, fora do comum e que o governo não tem condições de atender”, finalizou. 

categoria demanda melhores condições de trabalho, segurança no local de serviço, contratação de novos médicos e recomposição salarial. “O médico está sofrendo e adoecendo junto com a população”, disse Gutemberg Fialho, presidente do Sindicato dos Médicos do DF, à coluna Eixo Capital, da jornalista Ana Maria Campos.

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Jornalista

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