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Encantaria – Edusesc Taguatinga Norte – Teatro Paulo Autran

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Sobre o projeto:  Ainda estamos esperando um salvador? Precisamos ser salvos? Estes questionamentos são o mote inicial do trabalho da companhia IPADÊ, que culmina no espetáculo ENCANTARIA. Partimos nossa discussão do fenômeno do sebastianismo para problematizar a inercia do povo diante dos problemas sociais. O sebastianismo tem início com o desaparecimento de Dom Sebastião no campo de batalha de Alcácer Quibir, Marrocos, em 04 de agosto de 1578, a ausência do rei coloca em crise a já frágil dinastia de avis. A iminente perda da autonomia política para a Espanha, faz como que os portugueses se agarrem a esperança do retorno do rei Sebastião, que não teria morrido, mas se encantado, a fim de retornar e trazer as antigas glórias a Portugal. Anos depois o sebastianismo cruza o Atlântico e desembarca na ilha de São Luiz do Maranhão, a corte encantada de Dom Sebastião chega aqui, trazendo consigo as três filhas adotivas de Sebastião as princesas árabes Mariana, Herondina e Toya Jarina, encontrando-se aos encantados da cultura afro-ameríndia do norte e nordeste do Brasil. Conta-se que em noite de lua é possível ver o cortejo real de Dom Sebastião caminhando pelas praias da ilha de São Luiz, o Rei encantado pode ser visto no corpo de um grande touro negro que ostenta uma estrela brilhante na testa, a lenda afirma que quando a estrela na testa do touro for alvejada a ilha de São Luiz virá abaixo engolida por uma grande serpente e emergirá uma nova ilha onde será estabelecido um paraíso, reino de paz, amor, prosperidade, mel e ouro para todos. A espera do salvador e a fé em um herói épico vivenciada pelo sebastianismo atravessa vários outros movimentos ao longo da linha do tempo, se manifestando em figuras e lideranças políticas do Brasil na primeira metade do século XX, no início da década de 1960 com o golpe militar, final da década de 1980 com a reabertura democrática, e no tempo presente. O mito do salvador se reinventa, ressignifica e sempre reascende a expectativa do povo por soluções simples e imediatas, questões que exigem soluções por meio de ações coletivas, são entregues a figuras que resolveriam problemas seculares de forma mágica. Precisamos de um salvador?

Data: 15,16, 17 e 18 de outubro

Local: Edusesc Taguatinga Norte – Teatro Paulo Autran

Horário: 
15 de outubro de 2022 (sábado) às 20h
16 de outubro de 2022 (domingo) às 19h
17 de outubro de 2022 às 14h30, 16h e 20h (exclusiva para estudantes)
18 de outubro de 2022 às 20h (exclusiva para estudantes)

Fonte: Sesc DF – Programa cultural

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Jornalista

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