Black Friday chega com um olhar especial para os eletroeletrônicos
Estimativa do Sindivarejista é que haja um crescimento de 25% na venda de televisores neste fim de ano. A previsão se deve à Copa do Mundo e ao tradicional dia de promoções, que ocorrerão juntos. Estima-se que as vendas relacionadas à Black Friday deste ano no DF possam crescer entre 14% e 18%
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
A mudança na data da realização da Copa do Mundo fará com que o torneio coincida com a Black Friday, que marca o início da temporada de compras natalinas, quando o comércio oferece descontos especiais ao consumidor. A sobreposição dos eventos deve impulsionar a venda de itens eletroeletrônicos no Distrito Federal, principalmente aparelhos de televisão. A estimativa é do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista), que projeta um aumento de 25% no comércio de televisores em relação a 2018, ano da última Copa. De acordo com a entidade, a Black Friday tem tudo para ser o segundo melhor período em termos de negócios, perdendo apenas para o Natal. As vendas relacionadas à Black Friday deste ano no DF devem crescer entre 14% e 18% contra 15% do mesmo período de 2021.
Ainda de acordo com o Sindivareijsta, no ano passado, a Black Friday injetou mais de R$ 140 milhões na economia do DF. Em 2022, o total pode atingir R$ 185 milhões por conta da Copa do Mundo e das vendas de televisores. A Black Friday deste ano será em 25 de novembro, mas, segundo a entidade, as lojas devem dar descontos nos produtos durante toda a semana. Enquanto isso, os jogos da Copa do Mundo começarão no próximo domingo. A final está prevista para 18 de dezembro. “Pela primeira vez na história, a distância entre a Copa do Mundo e o Natal será de apenas uma semana. Haverá influência direta no consumo, notadamente, se o Brasil for bem no torneio do Catar”, pontua o presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta. Segundo ele, desde julho, o comércio vem fazendo estoques e se preparando para a Black Friday. “Temos televisores de 85 polegadas que custam R$ 50 mil, mas temos também de 32 polegadas, que saem por R$ 1,2 mil, dividido em 12 vezes”, destaca o dirigente.
Pesquisa realizada na segunda quinzena de outubro pelo shopping Conjunto Nacional levantou uma projeção de quais serão os itens mais adquiridos pelos consumidores nesta Black Friday. O item vencedor foi o telefone celular, seguido pela televisão, reforçando a estimativa do Sindivarejista. No levantamento, as pessoas que responderam puderam escolher mais de uma opção. Com 53,07% da preferência estão os eletrodomésticos, seguidos por moda, com 49,23%, e eletroeletrônicos, com 47,5%.
Daniel Rodrigues, 29 anos, mensageiro de hotel, já começou a pesquisar preços de alguns eletroeletrônicos que deseja adquirir para ele e para a esposa, mas saiu do shopping sem levar nada. “Por enquanto, não consigo comprar o que quero. Ainda bem que a Black Friday está chegando. Vou esperar o dia 25 para fazer minhas compras”, comenta.
Comércio on-line
Pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima que as vendas on-line no Brasil devem movimentar R$ 6,05 bilhões na Black Friday deste ano, um montante 3,5% maior do que o ano de 2021. Por ser uma entidade que monitora esse tipo de comércio, a estimativa é única e nacional, não havendo dados por unidade da federação. De acordo com a associação, o número de pedidos por esse segmento no país deve ultrapassar os 8,3 milhões. O estudo revela que as categorias mais aquecidas este ano serão: telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.
A estudante Larissa Simões, 24, deseja uma nova TV para colocar na sala de casa e assistir aos jogos da Copa com a família. Ela foi ao shopping com a mãe, Antônia Simônica, 45, autônoma, para verificar alguns valores, mas decidiu que a melhor opção será fazer uma encomenda via internet. “Já estou pesquisando faz um tempo e a diferença de preço é muito grande para as lojas físicas. Decidi que vou comprar a TV on-line mesmo”, conta Larissa.
O economista Riezo Almeida destaca que o cruzamento inédito da Copa do Mundo com a Black Friday também deve gerar mais empregos e, consequentemente, fluxo de renda. “O fim de ano vai ser bom tanto para quem oferta — lojistas — como para quem demanda — consumidores. Isso deve gerar mais renda e, consequentemente, mais dinheiro circulando”, avalia o especialista.
Almeida pontua ainda que a temporada de descontos aliada à realização do Mundial e ao Natal deve ser boa também para o governo, em termos de arrecadação de tributos como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS). O profissional alerta que é preciso tomar cuidado com a impulsividade na hora de comprar. Ele sugere parcimônia e cuidado com relação ao endividamento. “Hoje em dia, a taxa de juros está alta, o que encarece o crédito. É preciso tomar cuidado com os parcelamentos a longo prazo”, pontua o economista.
Almeida orienta os consumidores a fazerem um levantamento prévio de preços antes da Black Friday para monitorar se os descontos oferecidos são válidos em cima dos ofertados anteriormente ou se houve uma mudança para que os abatimentos pareçam maiores do que realmente são. “Às vezes, um produto é anunciado na Black Friday da seguinte maneira: ‘de R$ 1 mil por R$ 500’, mas, muitas vezes, esse item nunca foi comercializado pelo valor maior”, ressalta.
Fonte: Correio Braziliense
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