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Nova onda de calor: médico explica como se cuidar durante altas temperaturas

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O cardiologista Alisson Siqueira explica os riscos que as altas temperaturas podem causar no corpo humano

A uma semana do início do verão, uma nova onda de calor atinge o país e deve alterar a vida das pessoas. A massa de ar quente está chegando ao centro-sul do país e as temperaturas máximas no fim de semana podem passar dos 40°C, de acordo com o Inmet.

O corpo humano mantém uma temperatura interna em torno de 36 graus, e quando é exposto a um estresse térmico — como as altas temperaturas previstas para os próximos dias — o organismo reage e inicia uma série de adaptações fisiológicas para tentar regular a temperatura interna e resfriar. A primeira reação é eliminar o calor por meio do suor.

No entanto, o calor pode causar complicações ao corpo, como a desidratação, a insolação e a internação. O cardiologista Alisson Siqueira explica que a desidratação ocorre quando existe uma perda excessiva de água e eletrólitos no nosso organismo, através do suor, da respiração ofegante e da diurese. “Seu sintoma principal é a sede, mas também pode-se notar a urina mais escura e em menor volume, pele e mucosas ressecadas, cãibras e fadiga.”

Já a a insolação ocorre quando o organismo humano perde a capacidade de autorregulação. “O corpo apresenta temperaturas iguais ou maiores de 40 graus. Seus sintomas são os mesmos da desidratação, acrescidos de pulso e respiração acelerados, cefaleia, tontura, confusão mental e desmaios, podendo chegar a ser fatal”, detalha o profissional.

A internação é a evolução dos dois primeiros quadros, e ocorre quando o organismo além perde a capacidade de regular sua temperatura. “Os sintomas começam a evoluir com falência de órgãos, rompimento de fibras musculares, queda da função e falência renal, micro hemorragias principalmente em pulmões, fígado e rins, convulsões e capacidade de evoluir com óbito”,

O cardiologista detalha três cuidados para tomar em períodos de calor extremo: 

O médico ressalta que pessoas com condições cardíacas pré-existentes estão em maior risco de complicações relacionadas ao calor intenso. “Muitas patologias cardiovasculares exigem o uso de medicamentos vasodilatadores. Em temperaturas elevadas o nosso sistema circulatório dilata na tentativa de diminuir o atrito do sangue nos vasos e também de facilitar a dissipação do calor; é neste momento que o calor excessivo, associado a medicamentos vasodilatadores, podem precipitar a queda da pressão arterial destes pacientes, levando a tonturas, cansaço e diminuição da irrigação das artérias coronárias e cerebrais podendo precipitar um infarto ou AVC por baixa irrigação do músculo cardíaco ou cérebro secundário a esta baixa irrigação”, conclui Siqueira.

Com informações do Correio Braziliense

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Jornalista

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