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Morador do DF registra meteoro que caiu em Minas Gerais

By Jeová Rodrigues | 15 de janeiro de 2022 0 Comments

Marcelo Domingues é morador da região de Sobradinho e membro da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros ( Bramon). Ele filmou ‘clarão’ no céu na noite de sexta-feira (14). Meteoritos podem ter caído a cerca de 500 km de Brasília, próximo de Araxá (MG).

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/video/meteoro-que-atravessou-atmosfera-nesta-sexta-feira-14-foi-filmado-de-sobradinho-no-df-10214180.ghtml

Um meteoro foi visto no Distrito Federal e em outros três estados do país na noite desta sexta-feira (16) (veja vídeo acima). Na capital federal, o fenômeno foi registrado da região de Sobradinho, pelas lentes de Marcelo Domingues, um dos membros da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros ( Bramon). Suspeita-se que meteoritos, ou seja, pedaços de rocha, tenham caído a cerca de 500 km de Brasília, próximo de Araxá (MG).

O chamado “bólido” foi visto às 20h47. Ele leva esse nome por causa do brilho intenso parecido com uma bola de fogo no céu. Ele é gerado por um pedaço de rocha espacial quando ele atravessa a atmosfera da Terra em alta velocidade.

“A estimativa é que ele tenha entrado na atmosfera a uma velocidade de 42 mil km/h, o que daria para viajar da terra para a lua em questão de 8 ou 9 horas”, explicou Marcelo.
Tamanho de uma geladeira’

Meteoro visto no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba — Foto: Reprodução/Bramon
Segundo o especialista, o meteoro visto nesta sexta-feira pode ter entre 30 centímetros e 1 metro de diâmetro. “Pode ser desde o tamanho de uma bola de basquete até o de uma geladeira”, diz Marcelo.

Entretanto, esses fragmentos de rocha se despedaçam ao longo do percurso e apenas alguns deles chegam ao solo, ou seja, menos de 10% da massa inicial. “Pode ter pedaços de 10 centímetros, pesando 1 kg ou mesmo 5, 10 ou 20 gramas”, analisa o estudioso.

Minas Gerais, Goiânia, São Paulo

Meteoro cruza o céu brasileiro e é avistado em várias cidades
Além do Distrito Federal, fenômeno visto também em Minas Gerais, Goiânia e São Paulo. Segundo alguns depoimentos, um rastro de luz foi deixado no céu seguido de um estrondo. Em todo o país, cerca de 100 câmeras voltadas para os 4 pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste) monitoram asteróides e meteoros.

A queda de asteóide é comum, segundo especialistas. No DF, ele ocorre entre três e quatro vezes ao ano. As chamadas estrelas cadentes, formada por rochas menores são mais comuns. “Essas tem tamanho de um grão de arroz, de um punhado de poeira”, explica Marcelo.

Onde caiu

Agora, os profissionais da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) farão uma análise de qual região e mapa da área de onde pode ter caído.

“São fragmentos muito pequenos e não é fácil encontrá-los em terreno acidentado ou região de mata. Agências especiais gastam milhões para conseguir amostras de asteróide. Agora, imagina uma parte do sistema solar caindo no quintal de casa e de graça?”, observa Marcelo Domingues.