Construção civil aposta em crescimento do setor no DF para 2023
O principal motivo do prognóstico positivo de trabalhadores e de empresários da construção civil é a realização de obras pelo governo local. No ano passado, setor ficou em 8º lugar no ranking do maior saldo de empregos criados no país
Mercado imobiliário
Iniciativa conjunta do Sinduscon-DF e da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi), a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) é uma sondagem mensal junto às construtoras e incorporadoras mais representativas da capital federal. O termômetro do mercado imobiliário mede o ritmo de vendas — quanto mais alto o indicador, menor foi o tempo necessário para comercializar as unidades dos empreendimentos no mês. O último dado registrado foi de 7,9%, em dezembro de 2022. O recorde registrado no ano passado foi em agosto — 10,4%. Conforme Dionysio Klavdianos, o IVV considerado normal é de 5%.
O médico Jairo Marques, 67 anos, está fazendo uma pesquisa de mercado para comprar um imóvel para a filha, este ano. “Ela está morando em um apartamento de dois quartos e nós achamos que está na hora de um up grade”, conta Jairo.
A corretora de imóveis Bianca Andressa, que trabalha no ramo desde 2019, informa que os negócios tiveram um pico alto em meados de maio de 2021. “As pessoas sentiram a necessidade de procurar um espaço maior no período da pandemia da covid-19. Muitos não tinham um escritório em casa para lidar com as reuniões virtuais e buscaram conforto e espaço”, explica. “Com a taxa Selic em 2,75%, as pessoas viram oportunidade em financiar o imóvel dos sonhos ou utilizar a estratégia da alavancagem para aumentar o patrimônio”, completa Bianca.
A profissional comenta que, em 2022, não houve o mesmo pico de 2021, mas, mesmo assim, as vendas não pararam de acontecer. “Os imóveis na planta foram ganhando mais força e pude notar uma procura maior por imóveis comerciais. Estou otimista para o ano de 2023, percebi, em janeiro, uma alta procura de clientes investidores por oportunidades”, conclui.
Colaborou Pedro Marra.
Túnel de Taguatinga deve ser entregue até julho
Em julho de 2020, postes de iluminação foram retirados e tapumes erguidos no centro de Taguatinga para a construção de um viaduto que beneficiará 137 mil motoristas e possibilitará uma renovação da região administrativa. Quase três anos depois, a obra está próxima do fim. Definida pelo Governo do Distrito Federal (GDF) como o maior empreendimento viário em construção no DF, o túnel será batizado de Rei Pelé, em homenagem à lenda do futebol.
Mesmo tendo começado no auge da pandemia da covid-19, os trabalhos no túnel não chegaram a ser paralisados, apesar de terem atrasado. A Secretaria de Obras e Infraestrutura informou, em nota, que a situação de escassez de insumos, que motivou o atraso, ainda não foi completamente normalizada. “Os pedidos junto aos fornecedores de aço, por exemplo, antes com entrega quase que imediata, agora são atendidos com prazos que variam de 15 a 30 dias, a depender da quantidade adquirida”, revelou.
Com o início dos serviços na Avenida Central (que cruza a Avenida Comercial), um tapume foi erguido para proteger o canteiro de obras. A cobertura diminuiu a circulação de pedestres — não era possível atravessar para o outro lado —, e isolou os estabelecimentos comerciais, o que gerou muitas reclamações por parte de moradores e de empresários da região. Os últimos tapumes foram retirados em outubro.
De acordo com a Secretaria, o andamento dos trabalhos também foi prejudicado com a falta de componentes eletrônicos no mercado mundial, o que atrasou a entrega dos itens responsáveis pelo controle dos sistemas de iluminação, ventilação, incêndio e segurança. “Esses equipamentos foram comprados ainda em 2021, com entrega prevista para setembro de 2022. A entrega, no entanto, ainda não foi realizada pelos fornecedores. Isso impacta diretamente na entrega da obra, uma vez que somente é possível a liberação do tráfego de veículos com todos esses equipamentos em pleno funcionamento”, concluiu.