Bancos de leite materno do DF precisam de doações; veja como ajudar
Período de férias e o aumento dos casos de dengue contribuíram para uma queda do estoque do insumo em janeiro. Uma única dose de 350ml é capaz de salvar até dez bebês
Os bancos de leite materno do Distrito Federal estão precisando de doações para abastecer o estoque do insumo humano em fevereiro. A meta de coleta estabelecida para o primeiro mês de 2024 ficou abaixo do esperado. As doações alcançaram 82% do objetivo de estocar dois mil litros de leite por mês. Fatores como o período de férias e o aumento dos casos de dengue contribuíram para uma queda nas doações, segundo a coordenadora de Política de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde (SES-DF), Mariane Curado.
Atualmente, o DF conta com 14 bancos de leite humano, sendo dez da Secretaria de Saúde, um federal (Hospital Universitário de Brasília/HUB) e três privados, além de sete postos de coleta – três da rede pública e quatro da privada. Estes operam de forma conjunta, atendendo tanto bebês da rede pública quanto privada.
“Durante o período de férias, há uma queda no volume de leite doado, porque muitas doadoras viajam. Este ano, percebemos uma acentuação devido à proximidade com o Carnaval e ao agravante da dengue, com muitas doadoras contaminadas”, revela Mariane. A coordenadora enfatiza, no entanto, que mesmo em casos de dengue é possível realizar a coleta do leite. “Qualquer mulher saudável que esteja amamentando pode ser doadora. A dengue não é uma contraindicação, até porque fazemos o acompanhamento da saúde dessa mulher no próprio banco de leite. Mas é claro que ela deve fazer a doação quando estiver se sentindo bem”, destaca.
O leite materno é considerado o alimento padrão ouro para os bebês, pois contém água e todos os nutrientes necessários para alimentar exclusivamente o recém-nascido até os seis meses de vida, sem que seja preciso introduzir outros alimentos ou líquidos. No caso dos prematuros e bebês hospitalizados, o leite materno desempenha um papel crucial – uma única dose de 350 ml é capaz de salvar até dez bebês, por exemplo.
Como doar
O processo de doação é simples: a mulher interessada deve se cadastrar pelo Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo site. Após o requerimento, o banco de leite entrará em contato para fornecer as orientações de coleta. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) realiza semanalmente o recolhimento do leite e fornece novos frascos para a continuidade das doações.
O leite a ser doado deve ser armazenado em um recipiente de vidro com tampa plástica. Se a doadora não tiver o item, pode solicitar ao banco de leite. Antes de guardar o líquido, o pote deve ser fervido em água por 15 minutos. Para realizar a coleta, as mulheres precisam usar touca e máscara. É necessário higienizar mãos e braços com água e sabão, enquanto a mama, apenas com água.
O recipiente precisa estar identificado com a data da coleta, mas pode ser preenchido aos poucos, sempre mantido no freezer ou congelador, até ser recolhido pelos bombeiros.
Mariane Curado explica que todas as coletas devem ser depositadas no mesmo pote. “Mesmo que ele não tenha ficado completamente cheio, deve ir direto para o congelador. A mulher também pode deixar um copo de vidro separado, que tenha sido fervido, para as coletas subsequentes. Os novos conteúdos devem ser virados em cima do leite que está congelado e voltar imediatamente ao local após a ordenha”, pontua.
O material recolhido passa pelo processo de pasteurização nos bancos de leite para eliminar microrganismos e manter os nutrientes essenciais para os bebês. “Nesse processo, conseguimos manter os nutrientes e as substâncias importantes para os bebês que vão receber; esse leite, que antes tinha 30 dias de validade, passa a ter seis meses”, detalha Mariane.
Com informações do Correio Braziliense
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