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Com doença no coração, noivo decide casar em hospital de Ceilândia; ‘a cura vem de dentro’

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Internado há cinco meses em um hospital particular do Distrito Federal, e sem previsão de voltar para casa, o vigilante José Carlos Júnior, de 50 anos, decidiu que o tão sonhado casamento com a companheira dele, Roseli de Souza, seria o “remédio” para curar os reais problemas do coração. As informações são do G1-DF.

Há um ano e meio, Júnior se reveza entre a casa e o leito do hospital. Mas para ele, a infecção na válvula cardíaca não é motivo para adiar mais uma vez a cerimônia, que já precisou ser remarcada três vezes.

Data marcada

A espera para oficializar a união do casal chegará ao fim nesta quarta-feira (16). Os noivos dirão “o sim” dentro do Hospital São Francisco, em Ceilândia. Um evento solidário, promovido por amigos e pelos funcionários da unidade de saúde, vai selar o compromisso que já dura 3 anos.

A noiva, a dona de casa Roseli, de 38 anos, diz que ficou emocionada ao saber da decisão do futuro marido. Ela conta, ainda, que se surpreendeu com o “empenho e a comoção de todos” para o organizar cada detalhe.

Dois dias antes da cerimônia, Roseli, que até então não tinha o traje oficial, ganhou de amigos o vestido branco e o buquê. As rosas e o tapete vermelho para ornamentar o auditório do hospital também chegaram por meio de doações.

Fora do convencional

Para o casal, que se conheceu pela internet há três anos, os problemas de saúde de José “perdem a importância” diante da vontade de estar juntos.

Roseli, que era microempresária, decidiu abandonar a profissão para se dedicar integralmente ao noivo desde que o estado de saúde dele ficou mais crítico, n começo do ano. Ela afirma que os dois “estão felizes e ansiosos” pela chegada do grande dia.

“Ele não tem previsão de alta, então, decidimos nos casar no próprio hospital e selar de vez nosso matrimônio”, afirma a noiva. Para ela, o local onde acontecerá a cerimônia não é o mais importante, “desde que tenha a benção de Deus”.

Na quarta-feira, José chegará de cadeira de rodas, empurrado por enfermeiras e técnicas de enfermagem do hospital. Devido ao problema no coração, ele está com dificuldade de andar, mas vê no desejo de casar, uma motivação para “recuperar as forças”.

“A fisioterapeuta já pegou no pé dele”, brinca a noiva.

Várias tentativas

Segundo a família, o problema de saúde de José começou em 2016, quando ele precisou implantar um marcapasso, um equipamento eletrônico, que serve para controlar os batimentos cardíacos. O aparelho teria sido “rejeitado pelo próprio corpo de José”, dizem os parentes.

A partir dali, o vigilante teve uma série de infecções. Foram pelo menos quatro internações de longos períodos nos últimos dois anos. “Toda vez que marcava o casamento, acontecia alguma coisa comigo”, lembra José.

“Algumas pessoas me diziam que era só falar em casar que eu ficava doente, mas ela [a noiva] sabe que não”, brinca o noivo.

Por Marília Marques, G1 DF

Jornalista

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