Policial penal denuncia colega de trabalho por assédio sexual dentro de presídio no DF
Uma policial penal denunciou um colega de trabalho por assédio sexual, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Segundo a vítima, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) não deu a devida atenção ao caso.
Policial penal há sete anos, a mulher trabalha no presídio de segurança máxima dentro da Papuda, mas está afastada há um mês por problemas psicológicos. A policial penal alega, em março deste ano, que foi assediada sexualmente por duas vezes por um colega que, armado e fora do horário de trabalho, teria tentado agarra-la e beija-la a força.
Em nota, a Seape informou que instaurou um procedimento investigativo para apurar a denúncia da servidora e que o caso é tratado em sigilo para preservar a vítima. A pasta afirma que a arma do servidor foi recolhida e que, obedecendo uma decisão judicial, a vítima e o agressor estão em locais de trabalho diferentes.
Denúncia
À época das agressões, a servidora foi até a 4ª Delegacia de Polícia, no Guará, prestar queixa e conseguiu na Justiça uma medida protetiva contra o colega de trabalho. Ela também procurou a Secretaria de Administração Penitenciaria para denunciar o caso e pedir transferência, mas afirma que o órgão não deu a importância devida ao caso.
“Em um primeiro momento, me foi negada a minha remoção. Eles me deram três horas para eu resolver tudo o que eu tinha para resolver. Como eu não consegui cumprir as três horas, eles fizeram um despacho e me mandaram para outra unidade dentro do complexo”, conta a vítima.
Além de acionar a secretaria, a vítima denunciou o caso para a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF. No mês passado, a comissão enviou um ofício para o Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional no Ministério Público, pedindo uma apuração do caso.
O documento destaca a gravidade da violência sofrida pela policial, que incluem discriminação e negligencia. Além disso, a comissão também pediu ao Ministério Público que toma as medidas legais cabíveis para proteger os direitos da servidora.
Com informações do G1-DF
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