Varejo deve crescer 1,8% neste ano e 1,5% em 2024, projeta CNC
Neste ano, o crescimento das vendas de produtos considerados essenciais foi decisivo para o aumento do volume do setor
O varejo brasileiro deve continuar em ritmo de alta. É o que aponta as projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para este ano, a entidade estima um aumento de 1,8% e para o ano que vem, um avanço de 1,5%. Anteriormente, a projeção feita era de um aumento de 2%, mas a confederação revisou a expectativa por conta do fraco desempenho em outubro, que revelou uma queda de 0,3% nas vendas, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), também divulgada nesta quinta-feira (14/12).
Mesmo com a expectativa de um crescimento mais modesto, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma que a entidade segue otimista com o avanço econômico do país, devido à consolidação do recuo na inflação, mudanças na condução da política monetária, recuo na taxa de câmbio e sinais positivos do mercado de trabalho.
“À medida que as condições de consumo da população vão melhorando por conta da queda das taxas de juros e do controle da inflação, as perspectivas dos comerciantes são de um bom fechamento de ano”, comenta o presidente. Além disso, a CNC também projeta um aumento de 5,6% nas compras de Natal neste ano, em relação a 2022.
Itens essenciais puxam alta
Neste ano, o crescimento das vendas de produtos considerados essenciais foi decisivo para o aumento do volume do setor. Os combustíveis e lubrificantes tiveram aumento de 4,9%, enquanto que farmácias, drogarias e perfumarias cresceu 4,3% e hiper e supermercados, 3,8%. Diante disso, as vendas no varejo já acumulam crescimento de 1,6% neste ano.
Na avaliação do economista Fábio Bentes, responsável pela pesquisa, o desempenho positivo neste ano é sinal de que há uma leve recuperação em relação ao início da pandemia de covid-19, em 2020. Na comparação com o período, as vendas aumentaram 3,9%. “Entretanto, alguns fatores desafiadores persistem, como a dificuldade de reação do setor por causa do mercado de crédito restritivo”, avalia.
Com informações do Correio Braziliense
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