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Escolas Públicas e Privadas do DF recorrem as palestras do Projeto Conduta para reduzir a violência escolar

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violência vem adquirindo cada vez mais importância e dramaticidade no mundo contemporâneo. Segundo diversos autores, têm suas raízes na cruel desigualdade social, econômica e cultural que perpassa as relações humanas, sendo muitas as suas expressões, os sujeitos envolvidos e as suas consequências.

Uma dura consequência desse contexto é, sem sombra de dúvidas, o envolvimento do público infanto-juvenil que, apesar das importantes conquistas adquiridas com o passar dos tempos, no tocante a sua proteção e concepção como “sujeitos de direitos”, encontra-se exposto a todo e qualquer o tipo de violência em razão, também, da sua conduta agressiva, em qualquer lugar: no seio familiar, no meio social em que vivem e, em especial, na escola, local em que permanecem boa parte de sua infância e juventude.

A violência disseminada na sociedade também é um problema presente no dia a dia escolar. As escolas, que recebem alunos de diversos níveis sociais e culturais, defrontam-se com problemas diários de violência, envolvendo toda a comunidade escolar que, além de reproduzir a violência cotidiana, acaba por produzir maneiras próprias de manifestação. Diariamente, vemos casos de violências nas escolas, das mais variadas formas, como tráfico, rixas, agressões e homicídios, no caso recente a escola de Suzano na Grande São Paulo, a alunos, professores e funcionários.

Nesse ínterim, torna-se importante identificar as principais formas que a violência se apresenta no ambiente escolar, assim como conhecer a posição da criança e do adolescente e demais atores nesse contexto, para, com isso, identificar as melhores alternativas de combatê-la, utilizando-se de medidas de prevenção mais eficazes.

Com isso, as escolas públicas e privadas do DF estão recorrendo a um projeto conhecido como “Conduta” desenvolvido por dois servidores da Secretaria de Estado e Justiça e Cidadania do DF – Sejus, o Sr. Valdigne Baia e o Sr. Roges Ribeiro que são agentes de segurança socioeducativo na qual estão lotados nas Unidades de Privação de Liberdade a menores infratores e são especialistas no atendimento socioeducativo.

A finalidade do projeto “Conduta” é trabalhar a prevenção primária dos atos infracionais nas escolas públicas e privadas do DF por intermédio de palestras interativas e apresentação de vídeos com consequências multifatoriais que incidem as crianças e os adolescentes a praticarem à ação conflitiva com a lei.

A proposta visa ensinar as crianças e os adolescentes a tomarem decisões certas, mostrando as consequências que poderão porvir de seus comportamentos e ajudando-os no (re) descobrimento de suas autoestimas e o valor que têm para si mesmos, para as suas famílias e para a sociedade em redor, além de promover na comunidade escolar a aprendizagem de valores, a redução dos preconceitos e a construção da cultura da paz.

Ontem (14), o Colégio Centro de Ensino Ebenézer – CENEB de Ceilândia Sul, foi contemplada e os alunos receberam os especialistas do “Conduta” que discorreram sobre atos infracionais (crimes) e as suas consequências lesivas em razão da conduta, atos de indisciplina escolar, violência contra o professor, drogas ilícitas e licitas e seus malefícios, além de apresentar as “portas” de entrada as medidas socioeducativas como sanções judiciais no que tange adolescentes em conflito com a lei.

Nesta oportunidade, os alunos farão uma produção textual sob a supervisão dos professores ou trabalho em grupo sobre os temas abordados na palestra como forma de incentivar os alunos a usarem seu senso crítico na produção textual e no protagonismo juvenil.

O co-autor do projeto Valdigne Baia citou alternativas que podem contribuir na gestão escolar: “As medidas contra as violências nas escolas partem de três premissas gerais: realizar diagnósticos e pesquisas para conhecer o fenômeno em sua forma concreta, conseguir a legitimação pelos sujeitos envolvidos (o que pressupõe a participação da comunidade escolar) e fazer um monitoramento permanente das ações nas escolas.A escola precisa usar todo o potencial estratégico para tecer relações com a comunidade, especialmente a família, tendo os pais como parceiros para tal fim. Os estudos que abordam o tema da prevenção e combate da violência em nível escolar gozam de grande importância, na medida em que visam incentivar o estabelecimento de relações democráticas na escola, favorecendo a convivência entre seus integrantes e o respeito às diferenças. Ações nesse sentido são caracterizadas pelo aumento de espaços de participação e interação da escola com seus usuários, como a abertura a incorporação da segurança pública na escola, como práticas de ronda escolar e palestras dos especialistas na temática peculiar.”

O Especialista Roges Ribeiro destaca que a escola é afetada por situações externas: “A escola, como qualquer outra instituição, também acaba afetada por situações externas, alheias a sua função social. Ela não apenas reproduz as violências correntes na sociedade, mas também produz formas próprias, que se refletem no seu dia a dia. No contexto escolar, a criança se encontra tanto na posição de vítima quanto na de agressor e o ambiente é atingindo de modo avassalador, transformando a escola num palco de explosão de conflitos sociais, comprometendo seriamente a sua verdadeira função de socialização, aprendizagem e formação.”

Jornalista

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