A previsão também indica que o mercado financeiro acredita que a inflação deve estourar o teto da meta deste ano, que é de 4,5%
Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo a projeção de inflação para 2025, que passou de 5,44%, na semana passada, para 5,25%. As expectativas para os próximos três anos seguem inalteradas.
Embora tenha diminuído, a previsão indica que o mercado financeiro acredita que a inflação deve estourar o teto da meta deste ano, que é de 4,5%. No entanto, a mudança na projeção mostra uma eventual ancoragem das expectativas do mercado.
Os dados fazem parte do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (16/6) pelo Banco Central. As projeções são frutos da análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.
O que é o relatório Focus
- O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento.
- O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira.
- O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
- As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne e divulga os dados.
Inflação
Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.Play Video
Isso porque, a partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com índice apurado mês a mês. Se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segue bem acima do teto da meta. O IPCA acumula alta de 5,32% nos últimos 12 meses até maio. Nesse patamar, o país caminha para mais um ano em que o objetivo será desobedecido.
O mercado também reduziu a expectativa do resultado do IPCA em junho. Os analistas financeiros apostam em uma alta de 0,27% na inflação, ante os 0,32% previstos na semana passada.
Confira como ficaram as previsões do mercado:
- para 2025, caiu de 5,44% para 5,25%;
- para 2026, continua em 4,50%;
- para 2027, segue em 4%; e
- para 2028, está em 3,85%.
PIB em alta
Para os economistas consultados pelo Banco Central, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste ano passou de 2,18%, na semana passada, para 2,20%. No primeiro trimestre, o PIB teve alta de 1,4%.
A projeção do PIB de 2026 também foi revisada para cima, indo de 1,81% para 1,83%. As dos demais dois anos não foram alteradas.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.
Com o resultado desse Focus, a previsão do mercado se aproxima da projeção oficial do Ministério da Fazenda para o crescimento da economia brasileira em 2025 é de 2,4%. Por outro lado, o Banco Central estima um avanço de 1,9%.
Segundo as projeções do Focus, as estimativas para o PIB dos próximos três anos não foram alteradas pelos analistas financeiros. Veja a seguir as previsões do mercado para o crescimento da economia brasileira:
- 2025: subiu de 2,18% para 2,20%.
- 2026: passou de 1,81% para 1,83%.
- 2027: segue em 2%.
- 2028: está em 2%.
Taxa de juros
A projeção para a taxa básica de juros, a Selic, deste ano foi mantida em 14,75% ao ano. Além disso, as estimativas do mercado financeiro para os próximos anos seguem as mesmas, confira abaixo:
- Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
- Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
- Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.
A Selic está em 14,75% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar em 0,50 ponto percentual a taxa de juros — a sexta alta consecutiva no ciclo de aperto monetário (aumento de juros), que começou em setembro de 2024.
A próxima reunião do Copom está prevista para esta terça-feira (17/6) e quarta-feira (18/6).
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