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Conheça o trabalho da patrulha canina da Polícia Militar do DF

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Os animais vivem para garantir o bem-estar da população e têm um trabalho fundamental no combate ao crime do Distrito Federal. Um trabalho que requer instinto para caça, liderança, inteligência e obediência

No centro da foto a cadela Maia com o Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães), após treinamento -  (crédito: Keli Silva/Divulgação ou CB)

No centro da foto a cadela Maia com o Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães), após treinamento – (crédito: Keli Silva/Divulgação ou CB)

Os cães na Polícia Militar (PMDF) são verdadeiros heróis. Eles começam a ser treinados para a profissão nos primeiros 45 dias de vida. Farejam explosivos, armas, entorpecentes e localizam pessoas desaparecidas. Vivem para garantir o bem-estar da população do Distrito Federal, juntos com o Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães).

Os treinamentos de cães policiais existem há 58 anos em Brasília e contam com 4 modalidades: explosivos e armas; entorpecente; proteção; e busca por odor especifico. Cada cão pode ser treinado em apenas uma delas. Para o sargento Alex, do BPCães, o trabalho dos cachorros é crucial para a PMDF. “O tempo que um cão faz o serviço é muito mais rápido e superior ao que um humano seria capaz de fazer”, afirma o militar.

 O segundo tenente Albuquerque explica que o trabalho começa com os cães ainda filhotes. “A média de 45 dias, quando o condutor verifica os impulsos desses filhotes. Para ser um “profissional” o animal precisa ter por natureza instinto para caça, liderança, inteligência e obediência.

A raça mais usada pela PMDF é Pastor Belga Malinois. “Pela agilidade, inteligência e versatilidade. É a mais utilizada e indicada em todas as polícias do mundo. Mas a gente também tem disponibilidade de algumas outras como labrador”, relata o tenente.

Atualmente, 52 cães estão no BPCães, entre animais formados e em treinamento, além de filhotes. “O processo dura em média um ano e meio a dois anos, mas, antes disso, ele já começa a trabalhar e a ter um contato com o serviço do batalhão, como, por exemplo, detecção de narcóticos, de armas e de explosivos”, conta.

Aposentadoria

Assim como todo trabalhador, o cão-polícia também precisa se aposentar. De acordo com o tenente Albuquerque, eles trabalham em média sete anos. “Ele é aposentado do serviço policial quando ainda tem vigor físico e disponibilidade para curtir a vida. Normalmente, o condutor do cão é quem leva o animal para casa”, diz.

O tenente conta que nessa fase da vida mais tranquila muitos costumam ter algumas dificuldades porque  o cão está acostumado a ter contato com o condutor no ambiente de trabalho. “A relação entre os dois é a mesma, permanecem a amizade, o carinho e o companheirismo. A diferença é que ele realmente não vai trabalhar mais no serviço policial”, explica.

Caso emblemático

Um caso de atuação de patrulha canina que marcou o Brasil e o Distrito Federal foi o da busca pelo serial killer Lazáro Barbosa, que passou 20 dias escondido da polícia em uma região de mata, depois de praticar triplo homicídio na região do Incra 9. O Sargento Alex do BPCães conta que uma situação marcante com o apoio dos cães foi na noite em que o assassino foi encontrado em Águas Lindas de Goiás, onde os polícias precisavam de uma confirmação de que era realmente Lázaro que estava na mata onde as câmeras de segurança o tinham visto. “Usaram os cães para confirmar essa localização, foi mostrado ao cão um objeto com o cheiro do Lázaro e ele entro na mata, trilhou e perseguir o cheiro. Então, foi uma situação muito marcante, foi o cão Hunter, que apontou que o Lázaro estava naquela região. Só foi possível por causa da atuação do cachorro”, conclui.

Com informações do Correio Braziliense

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