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Grupo de karatê de Samambaia conquista 12 medalhas em campeonato brasileiro

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Iniciado em 2021, programa tem tido papel fundamental na formação de cidadãos para as próximas gerações, afirmam professores e familiares dos atletas

Ao todo. 11 atletas de Samambaia, coordenados pelo sensei Paraguassu venceram competições diversas no campeonato  -  (crédito: Arquivo Pessoal )

Ao todo. 11 atletas de Samambaia, coordenados pelo sensei Paraguassu venceram competições diversas no campeonato – (crédito: Arquivo Pessoal )

O projeto de Karatê  intitulado ‘Uruma-kan Karatê Solidário’, da cidade de Samambaia, foi o grande vencedor do 27° Campeonato Brasileiro de Karate Shotokan, realizado no último final de semana em Goiânia (GO). O braço do projeto — que tem escolas em todo o Distrito Federal — localizado em Samambaia enviou 11 atletas para a competição, que ganharam, no total, 12 medalhas. As vitórias do grupo no tatame, além do desempenho atlético, foram destacadas por familiares e amigos como mais um exemplo da importância do esporte nas comunidades.

Segundo conta emocionado o sensei (nome dado ao professor em arte-marcial japonesa) Paraguassu, 42, é difícil mensurar o tamanho da importância do projeto para as crianças, pois existem muitos benefícios. “Um karateca deve ter um conjunto de qualidades. Tem que ser o melhor na escola, o melhor em casa com os pais, melhor na comunidade. Isso já é uma grande vitória, fora que é necessário as pessoas saberem se defender nos dias atuais”, explica.

Transformações

Para o sensei, isso tem se mostrado na prática de acordo com os relatos dos pais dos atletas. “Eu fico muito satisfeito quando os pais me falam que meus alunos não estão mais bebendo refrigerante, estão comendo mais verduras, que melhoraram na escola, passaram a arrumar o quarto, coisas que antes não faziam. É dentro desse caminho que a gente vai seguindo e tornando o karateca uma pessoa melhor para a comunidade”, afirma.

Alessandra Almeida, mãe do atleta Eduardo Caleb, um dos integrantes do grupo que participou do evento, destaca ser difícil resumir em poucas palavras a importância do projeto. “Meu filho estava passando por um processo depressivo. Tinha transtornos de ansiedade e fazia terapias. Esse projeto de karatê trouxe vida de volta para ele”, conta. De acordo com ela, o garoto se tornou uma criança sociável, sorridente, que faz amizades onde quer que vá. “Hoje ele tem mais disciplina, foi no primeiro e segundo bimestre o destaque da escola. Então o karatê trouxe brilho de volta para ele”, relata.

Superando emoções

  • Ao todo foram 11 atletas do sensei Paraguassu
  • Ao todo foram 11 atletas do sensei ParaguassuArquivo Pessoal
  • Ao todo foram 11 atletas do sensei Paraguassu
  • Ao todo foram 11 atletas do sensei ParaguassuArquivo Pessoal
  • Os atletas não precisam pagar a mensalidade, pois o projeto é voluntário
  • Os atletas não precisam pagar a mensalidade, pois o projeto é voluntárioArquivo Pessoal
  • Os atletas não precisam pagar a mensalidade, pois o projeto é voluntário
  • Os atletas não precisam pagar a mensalidade, pois o projeto é voluntárioArquivo Pessoal
  • Os atletas não precisam pagar a mensalidade, pois o projeto é voluntário
  • Os atletas não precisam pagar a mensalidade, pois o projeto é voluntário
  • O projeto ensina os atletas a se tornarem grandes cidadãos para a comunidade
  • O projeto ensina os atletas a se tornarem grandes cidadãos para a comunidadeArquivo Pessoal
  • O projeto ensina os atletas a se tornarem grandes cidadãos para a comunidade
  • O projeto ensina os atletas a se tornarem grandes cidadãos para a comunidadeArquivo Pessoal
  • O projeto ensina os atletas a se tornarem grandes cidadãos para a comunidade

Outra mãe que se mostra satisfeita e grata com o programa é Rayane Dias, mãe do Gabriel Dias que sofre com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “O esporte tem sido fundamental para o desenvolvimento psicológico, cognitivo e social do meu filho. Vê-lo na área de competição em um ginásio cheio de pessoas e com muito barulho, ambiente propício para desencadear uma crise, foi uma vitória”, afirma. Rayane conta que Gabriel “superou suas emoções e alcançou seu objetivo”. “Foi sem dúvidas um dos momentos mais gratificantes e emocionantes que vivemos. Indescritível”, relata.

O trabalho feito na escola, informa o sensei Paraguassu, é totalmente voluntário, sem qualquer cobrança de mensalidade. “A atividade do karatê está dentro do meu coração e na minha família. Durante o dia, trabalho com consultoria na área de vigilância sanitária e à noite eu me empenho com o karatê”, comenta o professor sobre sua rotina. A captação de recursos é através de vendas de camisas, livros, campanhas em redes sociais e pessoas interessadas em colaborar com a iniciativa, completa o professor.

Com informações do Correio Braziliense

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Jornalista

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