
SES-DF alerta para a falta de imunizantes na rede pública
Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), algumas vacinas destinadas ao público infantil estão em falta, como a de varicela, de HPV, febre amarela, tríplice viral, tríplice bacteriana e a vacina contra a covid-19 para menores de 5 anos. Em nota, a pasta esclareceu que o desabastecimento é uma “questão nacional”, por isso, o DF também passa por dificuldades no fornecimento.
De acordo com a SES, assim que o abastecimento for restabelecido, os usuários e responsáveis serão avisados. A pasta não deu detalhes sobre quando as doses devem chegar para a continuação das aplicações. Enquanto isso, a vacinação continua para aqueles que procuram o imunizante contra a poliomielite, sarampo, pneumonia, hepatite A e B, rotavírus e outras do calendário vacinal infantil.
Conforme mostram os dados do último boletim de imunização da SES, referente ao primeiro quadrimestre de 2024, entre os meses de janeiro e abril o Distrito Federal atingiu a meta de cobertura para a vacina BCG (130,2%). A capital também atingiu as metas para a primeira dose da tríplice viral (97,7%) e da hepatite B (109,5%).
A meta estipulada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado pelo Ministério da Saúde (MS), é de 90% de cobertura para a vacina contra o HPV, BCG, rotavírus, dengue, influenza e covid-19. Para as demais vacinas do calendário nacional, a meta é de 95%. No DF, mesmo com alguns resultados positivos, as demais vacinas ainda não atingiram as metas.
Na análise feita por faixas – cobertura muito baixa, baixa e adequada – o boletim mostrou que apenas a BCG e a tríplice viral (1ª dose) são as que apresentam mais de 50% das regiões administrativas com cobertura adequada. Para as demais vacinas, a maior parte das RAs estão na categoria de baixa cobertura, pois registraram menos de 50% de imunização.
Mesmo com a baixa cobertura, a SES continua realizando ações em todo o DF para incentivar a vacinação, entre elas, a busca ativa daqueles que não foram aos postos, a vacinação casa a casa e o carro da vacina. A pasta também realiza ações em escolas, creches, no zoológico e em shoppings. Atualmente, algumas salas de vacina também ampliaram seus horários para a vacinação noturna e aos finais de semana.
Prevenção
Em entrevista ao Jornal de Brasília, a pediatra Natália Silva Bastos explicou que as vacinas são fundamentais para prevenir as doenças da infância e tornar as crianças imunes a doenças que antes causavam mortes e ou deixavam sequelas. “Sem as campanhas de vacinação essas crianças estariam sujeitas a um índice de mortalidade muito maior”, destacou.
“A partir das campanhas de vacinação em massa conseguimos mudar o panorama das doenças no país. Já conseguimos erradicar algumas doenças como a polio e a varíola, já conseguimos reduzir drasticamente os casos de meningite por haemophilus e meningite C, infecções virais como sarampo e, recentemente, conseguimos conter uma pandemia como a da covid”, ressaltou a pediatra.
À reportagem, Natália reforçou que a medicina preventiva salva vidas e que a vacinação infantil é segura. “Muitas pessoas não se vacinam por preconceito ou por medo, mas no futuro, seus filhos podem desenvolver doenças por conta disso. Muitas vacinas têm efeitos colaterais mas todos estão previstos na bula”, comentou.
A médica recomenda que, para aqueles que ainda têm medo de levar os filhos para vacinar, que tirem suas dúvidas com os profissionais que aplicam as vacinas, pois eles podem ajudar. Além disso, acredita que a vacinação deve continuar a ser incentivada pelos gestores públicos e profissionais da saúde por meio de dados, campanhas e também, por meio de pessoas públicas que transmitam segurança aos demais.
Calendário infantil
Ao nascer, a criança deve tomar a vacina BCG (dose única) e a da hepatite B. A partir dos 2 meses, o bebê deve tomar a vacina penta, que previne contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B; a vacina VIP, contra a poliomielite; a vacina pneumocócica 10, que previne infecções invasivas e a vacina rotavírus. Aos 3 meses, é preciso aplicar a vacina meningocócica e aos 6 meses, o bebê já pode tomar também a vacina contra a Covid-19.
Com 9 meses, a criança deve receber a vacina contra a febre amarela e com 1 ano, a vacina tríplice viral, que evita o sarampo, a caxumba e a rubéola. Com 1 ano e três meses, é a vez da vacina contra a hepatite A. Já aos 4 anos, é recomendada a aplicação da vacina contra a varicela e entre 9 e 14 anos, é recomendada a vacina HPV, contra o papilomavírus humano.
Todas as vacinas fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973 pelo Ministério da Saúde, que oferece 48 imunobiológicos para a população em todo o Brasil. Essa cobertura contribui para a prevenção de doenças infecciosas e também para a redução da morbimortalidade associada a elas, além disso, auxilia no controle e erradicação de diversas doenças.
Com informações do Jornal de Brasília
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