‘Xepa da vacina’: DF permite que crianças de 6 meses a 3 anos recebam doses remanescentes
Vacinação contra Covid-19 para bebês com comorbidades começou na segunda-feira (14). No entanto, Secretaria de Saúde faz esquema com imunizantes já abertos no fim do dia para evitar desperdício.
Os bebês de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias, sem comorbidades, podem receber doses remanescentes da vacina contra Covid-19 no Distrito Federal, situação popularmente conhecida como “xepa”. A imunização do grupo começou na segunda-feira (14), com a Pfizer BABY, apenas para o público com alguma doença preexistente (veja mais abaixo).
As doses remanescentes serão aplicadas uma hora antes do fechamento das salas de vacina. No horário normal de atendimento, está autorizada a vacinação apenas de crianças com comorbidades, condição que precisa ser comprovada por meio de laudo ou relatório médico
Segundo o assessor da Coordenação de Atenção Primária à Saúde (Coaps), Adriano de Oliveira, o objetivo é evitar perdas técnicas. “Cada frasco contém 10 doses e se nessa última hora de aplicação de vacina houver sobra de doses em um frasco, elas poderão ser aplicadas nas crianças sem comorbidades para evitar o desperdício”, explica.
A prioridade é para os bebês com comorbidades e não será aberto nenhum frasco caso não haja crianças com estas condições na sala de vacina durante a última hora de atendimento. Ao todo, 25 postos atendem o grupo (veja endereços).
Para serem vacinadas, as crianças devem estar acompanhadas de pais ou responsáveis. É necessário levar cartão de vacinação, documento de identificação (identidade, certidão de nascimento ou outro), além do e laudo ou relatório médico que comprove a comorbidade da criança.
O esquema vacinal para bebês é composto por três doses, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e segunda, e de oito semanas entre a segunda e a terceira. Nesta sexta-feira (11), o Distrito Federal recebeu 14,4 mil imunizantes.
Confira a lista de comorbidades previstas pelo Ministério da Saúde:
- Síndrome de Down
- Diabetes mellitus
- Imunocomprometidos (Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.)
- Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
- Obesidade mórbida (Índice de massa corpórea IMC ≥ 40)
- Cirrose hepática (Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C)
- Pneumopatias crônicas graves (incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave – uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática ou uso de doses altas de corticóide inalatório e de um segundo medicamento de controle no ano anterior)
- Hipertensão Arterial Resistente (HAR – Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos)
- Hipertensão arterial estágio 3 (PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo)
- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo (PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo)
- Insuficiência cardíaca (IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association)
- Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar (Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária)
- Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo)
- Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras)
- Valvopatias (Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico – estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras)
- Miocardiopatias e Pericardiopatias (Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática)
- Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas (Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos)
- Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras)
- Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico
- Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência)
- Hemoglobinopatias graves (Doença falciforme e talassemia maior).
Fonte: G1
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