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PrEP: Hospital Universitário de Brasília inaugura ambulatório de prevenção ao HIV

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O Hospital Universitário de Brasília (HUB) começa a atender, a partir desta sexta-feira (16), pessoas dos chamados “grupos de risco” para a infecção pelo vírus HIV. No local, pacientes poderão retirar medicamentos como a PEP e a PrEP (veja detalhes abaixo). O atendimento é gratuito, com agendamento no local.

Com o novo serviço, o hospital ligado à UnB passa a ser a segunda unidade de saúde pública no DF a oferecer a profilaxia pré-exposição (PrEP). Até então, o serviço era ofertado apenas pelo Hospital Dia, na 508 Sul.

No local, médicos infectologistas, enfermeiros, farmacêuticos e psicólogos vão fazer o acompanhamento dos pacientes. Na PrEP, o usuário deve tomar um comprimido diariamente para que, caso seja exposta ao vírus HIV, não haja infecção.

Diferente de uma vacina, o uso do remédio não torna a pessoa que toma o medicamento imune ao HIV. O composto evita que o vírus se instale no sistema sanguíneo, desde que tomado regularmente e sem faltas. No Brasil e no mundo, a PrEP ainda está em fase de testes.

‘Grupo de risco’

O medicamento, distribuído de forma gratuita, é direcionado a quem não tem HIV, mas se sente em situação de risco constantemente. De acordo com o Ministério da Saúde, os grupos de maior vulnerabilidade incluem homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas trans e aqueles que têm relação sexual com quem é soropositivo.

Mesmo fazendo parte desse público, a equipe médica alerta que é preciso ter indicação para uso do medicamento. Por isso, ao chegar no ambulatório, o usuário precisa passar por um teste rápido de HIV.

“Se o resultado for negativo, fazemos a consulta para avaliar o grau de vulnerabilidade e se há mesmo a indicação. Se for positivo, encaminhamos para tratamento da doença, que exige outro esquema de medicação”, explica a infectologista Valéria Paes.

Medicamentos de graça

Com a receita em mãos, quem precisar de atendimento poderá pegar o medicamento no mesmo dia, na Farmácia Escola do HUB.

Segundo Valéria, a PrEP é oferecida durante o período de vulnerabilidade. A ideia é que o acompanhamento reduza o grau de exposição e que, se o risco cessar, seja possível suspender o tratamento.

Quem procurar o serviço também receberá orientações sobre sexualidade, situações que aumentam a vulnerabilidade – como o abuso de álcool e drogas – e prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A PrEP tem demonstrado eficácia na prevenção do vírus HIV, mas não oferece qualquer tipo de barreira contra outras doenças contraídas na relação sexual – sífilis, hepatite, candidíase ou HPV, por exemplo. Por isso, a recomendação é combinar a pílula com a camisinha.

Como ser atendido

As consultas no HUB vão acontecer às sextas-feiras, a partir das 13h, no ambulatório 1, corredor laranja. A unidade de saúde fica na SGAN, 605, Av. L2 Norte.

Para agendar o atendimento, é preciso ir pessoalmente ao corredor amarelo do hospital, de segunda a quinta-feira, de 8h às 11h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2028-5262.

Preservativos masculino e feminino distribuídos em Centro de Testagem e Aconselhamento do DF — Foto: Mariana Raphael/Agência BrasíliaPreservativos masculino e feminino distribuídos em Centro de Testagem e Aconselhamento do DF — Foto: Mariana Raphael/Agência Brasília

Preservativos masculino e feminino distribuídos em Centro de Testagem e Aconselhamento do DF — Foto: Mariana Raphael/Agência Brasília

Infecção por HIV

Desde que a profilaxia pré-exposição foi implementada no DF, no Hospital Dia, 285 pacientes foram cadastrados e retiram a medicação a cada três meses. Esse também é o período para que o paciente seja novamente avaliado pelo médico.

Segundo a secretaria, o número de pessoas infectadas pelo vírus chega a 12 mil no DF. Os pacientes recebem medicamentos antirretrovirais na rede pública, fornecidos pelo Ministério da Saúde.

No Brasil, a taxa de detecção de Aids passou de 21,7 casos por 100 mil habitantes, em 2012, para 18,3, em 2017, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Os dados foram divulgados no ano passado. O relatório apontou o registro de 42,4 mil novos casos de HIV e 37,7 mil casos de aids no Brasil, em 2017.

Fonte: G1.

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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