Presidente do Metrô-DF promete compra de novos trens e ampliação de ramais
Cerca de R$ 900 milhões serão investidos na aquisição de 15 novas locomotivas para o sistema metroviário do Distrito Federal. De acordo com Handerson Cabral Ribeiro, presidente do Metrô-DF, o intuito da medida é renovar a frota e não prejudicar o usuário, após as expansões de Samambaia e Ceilândia. O anúncio foi feito durante o programa CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — de ontem. Aos jornalistas Roberto Fonseca e Mila Ferreira, o convidado destacou que o episódio do incêndio do vagão de trem na semana passada está sob investigações.
Em relação aos investimentos, o que o usuário pode esperar de melhoria?
Nos próximos três anos, podem esperar muitos investimentos no metrô, o primeiro deles está encaminhado. É a expansão para Samambaia, a licitação foi realizada, nós devemos ter a identificação e habilitação dos consórcios que participarão. Na semana que vem, conheceremos os preços e indicaremos o vencedor. Nos próximos dias é possível um lançamento do edital para as obras de expansão para o ramal Ceilândia. Estamos com projeto para a conclusão da estação Onoyama e da estação 104 Sul. Além das questões de segurança. Isso tudo é um pacote de investimento que, somando, chega a mais de R$ 2,5 bilhões, para dar ao usuário do DF um metrô funcionando regularmente.
Alguns especialistas em mobilidade urbana acreditam que, em vez de investir na expansão dos ramais metroviários, o ideal seria renovar a frota.
Estamos fazendo um programa para ampliação da frota. Temos um processo estabelecido dentro do Ministério das Cidades, onde estamos pedindo uma linha de financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) no valor de R$ 900 milhões para adquirir 15 novos trens. Esse processo foi iniciado em dezembro do ano passado, quando foi aberta a oportunidade de um novo PAC. Também tínhamos aqueles que haviam sido anunciados pelo Governo Federal no início do ano de 2023. Para o metrô especificamente, nós estamos contemplados na expansão Ceilândia, com o montante de R$ 600 milhões, que virão do governo federal. Pedimos duas novas etapas, uma de R$ 900 milhões para adquirir 15 novos trens e mais R$ 400 milhões para nós comprarmos um sistema que atualize e modernize o sistema de sinalização e o controle. Com a expansão de Samambaia e Ceilândia, a frota será aumentada para que o espaço entre um trem e o outro não seja grande.
Como estão as investigações sobre o incêndio no vagão do trem na semana passada? Qual a principal linha de abordagem?
Ainda na sexta-feira, nós tivemos no metrô a equipe técnica de peritos do Corpo de Bombeiros, que logo depois de o incêndio ser controlado, foram para a estação no centro administrativo e fizeram a avaliação. No mesmo dia, a equipe de peritos do Instituto de Criminalística da (PCDF) também foi ao metrô e fez sua inspeção. Estamos aguardando o laudo ser emitido, seja do Corpo de Bombeiros ou da Polícia Civil, para que possamos identificar por meio desse laudo, a causa daquele incêndio. Temos o conselho permanente de prevenção de acidentes, chamado Copese. Ele é composto por um quadro de técnicos do metrô que está fazendo uma avaliação, pois nós tínhamos que primeiro esperar uma avaliação dos órgãos oficiais do DF e depois fazer a nossa avaliação. O que aconteceu já foi a público, houve uma sinalização de fumaça dentro do vagão. Em um momento preliminar, o Corpo de Bombeiros sinalizou que aquele incêndio deveria ter se iniciado pelo teto do trem. Logo teremos essa definição. Colocaremos todos os nossos trens em revisão, caso tenha o equipamento que possa ter iniciado o fogo.
Será realizada uma reunião do conselho administrativo do metrô. Vai ter votação para um aumento no salário dos diretores?
A reunião está marcada para às 10h de quinta-feira (amanhã). O objetivo dela é tratar do tema remuneratório dos dirigentes do metrô. Entende-se os dirigentes do metrô todos os centros diretores no qual eu me incluo, os membros do conselho de administração e os membros do conselho fiscal. Essa discussão sobre corrigir a remuneração dos dirigentes, vem na esteira do que foi feito no ano passado com a correção da remuneração dos secretários de Estado. No primeiro semestre do ano passado, a remuneração dos secretários de Estado, assim como dos dirigentes das estatais, já estavam com 17 anos de defasagem, sem que elas fossem corrigidas. No caso do metrô, a última vez que houve uma correção na remuneração foi em 2006. Há disponibilidade de financiamento e a vontade do controlador (GDF), de conceder essa recomposição salarial. A aprovação desse aumento foi feita em dezembro.
Com informações do Correio Braziliense
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