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Chico Vigilante diz que não vê possibilidade do governador Ibaneis depor na CPI dos atos antidemocráticos

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O deputado distrital Chico Vigilante (PT), que está como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar os chamados atos antidemocráticos. Segundo Vigilante, as investigações vão ter duas áreas de atuação, sendo uma restrita ao dia 12 de dezembro, quando manifestantes do ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir a sede da Polícia Federal, no Setor de Autarquias Sul; e outra serão os atos do dia 8 de janeiro, quando dessa vez os bolsonaristas conseguiram invadir e depredar as sedes do Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.

“Nós estamos com toda disposição, com toda vontade, nós vamos investigar para valer, depois iremos apontar os culpados e oferecer [a conclusão da investigação] ao Ministério Público para que ele denuncie e depois venha o julgamento dessas pessoas”, afirma Vigilante.

A CPI, que é composta por sete membros, escolhidos conforme as respectivas proporcionalidades partidárias, tem duração de 180 dias, prorrogáveis por 90 dias.

Confira abaixo a íntegra da entrevista com o presidente da CPI.

Jornal TaguaCei: Como a CPI deve trabalhar?

Chico Vigilante: Já estamos na sexta fase da Operação Lesa Pátria, mas eu acho que vai ter mais e mais operações. E aqui na CPI, no que tange ao nosso alcance, ao nosso escopo, nós vamos estar investigando também, inclusive, uma grande investigação que pretendemos fazer é para descobrir que são os financiadores desse projeto.

Queremos saber quem manteve aquela turma ali no [QG no Exército] com picanha, com cerveja, com massagem, então, queremos saber tudo isso para que a gente passe a limpo e esses facínoras não venham nunca mais a ousar no sentido de barrar a democracia no Brasil.

JT – Vocês terão apoio para fazer as investigações?

C.V. – Nós estamos convocando delegados e agentes da Polícia Civil para que possa auxiliar a gente nas investigações. Enquanto ao Ministério Público, nós apresentaremos o relatório final e caberá a eles oferecerem a denúncia para que em seguida vá ao Tribunal de Justiça do DF para que a gente possa condenar essas pessoas.

JT – Como o senhor viu o afastamento do governador Ibaneis Rocha por 90 dias?

C.V. – O ministro Alexandre de Moraes deve ter tido motivação para pedir o afastamento do governador. O ministro Alexandre de Moraes é altamente preparada e qualificada para isso, até porque ele foi secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, portanto, ele deve ter tido  os motivos para tomar essa decisão.

Eu não quero me imiscuir nas decisões do Supremo Tribunal Federal porque é um outro Poder. Quero me restringir ao nosso escopo, ao nosso alcance que são as coisas aqui do DF. No caso do governador Ibaneis ele não poderá ser investigado porque existe a separação de Poderes. Daí, você fazer o convite sabendo que ele não é obrigado a vir, passa a ser uma desmoralização da CPI. Eu não gosto de fazer coisas que não vão dar em nada.

JT – Como o senhor vê a comemoração dos 43 anos do PT, partido que o senhor foi um dos fundadores aqui no DF?

C.V. – Eu fiquei realmente emocionado porque quando o Lula falou do Colégio Sion, e as imagens que passaram, eu estava lá no colégio porque sou um dos fundadores do partido. Fiquei muito feliz pelo fato de que a presidente do PT, Gleise Hoffmann ter me convidado para o palco principal, foi muito emocionante também quando o presidente Lula saiu da cadeira e veio conversar comigo, mas, enfim, o mais  importante e que eu guardei na memória, foi uma mensagem do Lula pedindo para que todos nós, de manhã cedo quando a gente se levantar e quando a gente rezar e à noite quando a gente for dormir e também formos fazer nossas orações, aproveitem e rezem para o Lulinha. Porque o Lulinha precisa de muita força, de muita fé e precisa de muita saúde para mudar de novo essa país que foi destruído por um político de extrema de direita. Projeto esse que foi gestado lá fora do país e que começou em 2013 com aquelas pessoas que de forma inocente foram para as ruas protestar contra o aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus em São Paulo. A extrema direita se aproveitou daquilo e veio num processo crescente e quando chegou em 2016, foi um golpe contra a presidente Dilma. O vampirão Michel Temer gostando ou não, nós temos que classificar o que aconteceu no Brasil como um golpe, porque o que aconteceu realmente foi um golpe.

J.T. – Como o senhor avalia o primeiro mês do governo Lula?

C.V. – O primeiro mês do governo Lula pode ser qualificado pela essa ação em Roraima, com a salvação da vida dos índios Yanomami. Aquilo ali dá muito orgulho de ver o trabalho feito pelo presidente, a determinação que ele deu, a inter-relação com os demais Ministérios para salvar vidas. Depois de uma série de medidas que ele está tomando e que está praticamente pronta com uma decisão. A questão do imposto de renda, ainda não é a correção que nós precisamos a respeito do imposto de renda, mas de certa forma ele vai fazer uma correção porque pessoas que ganham muito pouco, como merendeiras, vigilantes, e tantos outros trabalhadores poderão passar a pagar imposto de renda.

Tem também o Minha Casa, Minha Vida que eles [governo Bolsonaro] tinham acabados com o programa. Porque quando o programa foi criado, ele foi destinado justamente para atender as pessoas mais pobres e o que aconteceu: eles acabaram com a Linha 1, que é justamente a linha que financia a população mais pobre. Então, a partir do momento que o Lula vai lá em Sergipe, lá no Nordeste e relança esse programa, é a demonstração clara que ele veio para governar para todos e todas, mas, especialmente, para os mais pobres.

Outra questão que para mim foi muito importante, foi o fato dele ter colocado o ministro Wellington Dias como ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Também está havendo um mutirão de cirurgias [eletivas], só para se ter uma ideia, aqui no DF, são 32 mil pessoas que estão na fila para fazer cirurgias. A ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, R$ 600 milhões para o Brasil inteiro, a Câmara Legislativa do DF também, eu mesma já destinei R$ 1 milhão para a Secretaria de Saúde do DF.

J.T. – Teve também a reunião com os 27 governadores.   

C.V. – E isso que nós estamos apurando, a CPI existe para isso. Eu voltei das eleições com uma responsabilidade maior, eu tive o dobro dos votos que eu tive na última eleição, então, eu voltei para cá com 43 mil votos e duplicou a minha responsabilidade.

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Jornalista

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