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Comércio varejista ampliado cresce 8,4%, acima da média nacional 

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O comércio varejista ampliado do Distrito Federal cresceu 8,4% no acumulado do ano em 2024, conforme dados do Instituto Brasiliero de Geografia e Estatísticas (IBGE). O desempenho das vendas no DF ficou acima da média nacional, que foi de 4,1%. Os setores do DF que apresentaram resultados mais positivos foram: veículos, motocicletas, partes e peças (16,9%), artigos médicos e farmacêuticos (14,1%) e móveis e eletrodomésticos (12,5%). 

A alta também foi sentida no comércio varejista (5,8%) do DF, segmentação mais restrita da pesquisa que leva em conta apenas os setores tradicionais, sem incluir veículos, motocicletas, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo. Neste sentido, a capital federal também ficou acima da média do Brasil, que foi de 4,7%. 

DF se destaca entre as UFs

Na comparação mensal, de novembro para dezembro, as vendas do comércio varejista mostraram recuo em 20 das 27 Unidades da Federação (UFs). Mas o DF, junto com outros seis estados, apresentaram números positivos. No período, a capital federal apresentou crescimento de 4,5%. Atrás aparecem Rio de Janeiro (2,9%) e Pernambuco (1,4%). 

“O desempenho do varejo brasiliense demonstra a resiliência e a força do setor na nossa região. Segundo os dados do IBGE, o DF esteve entre os sete estados com resultados positivos para o comércio em dezembro. Esse resultado reforça a importância do comércio local na geração de empregos e no desenvolvimento econômico do DF”, pontuou Eduardo Rodrigues, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do DF. 

Rodrigues explica que o crescimento do comércio do DF em 2024 foi motivado pela recuperação econômica após a pandemia, com aumento da demanda por bens duráveis e serviços de saúde, além da adaptação dos varejistas às novas condições de mercado. “No DF, por termos uma economia fortemente baseada em serviços, a recuperação do pós-pandemia foi mais lenta, abaixo da média nacional. Isso durou até 2023, sobretudo para o comércio”, salientou.

“No último ano, tivemos uma inflexão do desempenho do setor [comércio]. Cabe notar que a média nacional também apresentou um bom crescimento, motivada pela queda do desemprego e retomada da renda, também observada no DF. Além disso, vale lembrar o fortalecimento das entidades associativas em busca de um melhor ambiente de negócios e mais profissionalização dos empreendedores locais”, acrescentou Rodrigues.

O presidente da CDL-DF destaca que o comércio varejista da capital federal deve continuar apresentando um desempenho positivo em 2025, impulsionado pelo crescimento de 2024. “Especialistas acreditam que essa tendência de crescimento pode se manter durante todo o ano de 2025, embora desafios como inflação e juros altos possam impactar a dinâmica do setor”, frisou. 

Quedas e inflação

Dos 11 setores do comércio varejista do DF, apenas duas apresentaram queda: combustíveis e lubrificantes, com um resultado perto da estabilidade (-0,3%) e materiais para escritório (-31,8%). Dados do IBGE indicam ainda que a inflação oficial medida na capital federal foi de 4,9%, no acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro de 2025. O resultado ficou acima do observado no acumulado dos 12 meses encerrados em dezembro de 2024, quando apresentou alta de 3,9%. 

Os números mostram que os preços estão crescendo a um ritmo mais acelerado, sendo puxados principalmente pelos itens de bens e serviços de alimentação e bebidas, com alta de 8,2% no acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro de 2025. Na sequência aparecem o grupo de transportes, com alta de 7,1%. No DF, a inflação pode ser sentida fortemente no café moído, que subiu, em média, 52,3%, e nas carnes que teve alta de 19,4%. 

“A alta inflação e os juros elevados afetam diretamente os comerciantes, pois muitos precisam repassar os custos para os consumidores através do aumento de preços. Isso pode levar a uma diminuição na demanda, especialmente entre consumidores mais sensíveis ao preço. No entanto, a força do mercado local e a criação de empregos podem mitigar esses efeitos negativos”, destacou o  presidente da CDL-DF. 

Comércio sente resultados, mas teve inflação e juros altos

Ao Jornal de Brasília, o vendedor da Casas Bahia da Santa Maria, Léo Isidoro, 33 anos, salientou que a loja sentiu os resultados positivos das vendas, mas ainda não foi tão grande. “Teve um pequeno aumento, não tão significativo mas teve um aumento sim, em comparação a 2023. O aumento foi devido a procura, as pessoas estão se modernizando cada vez mais e procuraram geladeira e tecnologias mais econômicas, teve procura por áudio e vídeo e TVs também”, comentou. 

Isidoro frisou que o setor de móveis e eletrodomésticos já tem sentido a inflação e o aumento dos juros em 2025. “Já estamos sentindo [inflação e juros altos], principalmente no financiamento. Quando os clientes vão fazer crediário, compra financiada eles [clientes] sentem diferença porque as taxas de juros aumentaram. Para driblar, continuamos ofertando e o cliente acaba, mesmo lutando, comprando porque precisam”, disse.

Arley contou que foi ao comércio comprar um ventilador, e já sentiu um aumento do preço em relação a 2024. “O nosso poder aquisitivo está caindo a cada dia, inclusive no básico que é o supermercado, água e luz. Ficamos naquela questão de gastar apenas com o básico, e outros benefícios como trocar uma cama e um sofá ficam para depois. Ou seja, vamos ficar sempre gastando muito pelo básico, água, luz e comida. Mas espero melhorias, que tenha um controle nesses preços e que possamos sim está vindo no comércio para modificar algo em casa”, enfatizou.

Com informações do Jornal de Brasília

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