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Feira do agronegócio do DF deve atrair 170 mil pessoas

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Ao CB. Agro, representante do setor agropecuário do DF antecipou algumas novidades da AgroBrasília deste ano, que contará com mais expositores e um ambiente específico de inovação tecnológica no campo, com destaque para as startups

O presidente da AgroBrasília, José Guilherme Brenner, convidado de ontem do CB Agro — parceria do Correio com a TV Brasília — comentou sobre a 16ª edição do evento, realizado de 20 a 24 de maio na Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF).  Aos jornalistas Roberto Fonseca e Jaqueline Fonseca, o representante do setor agropecuário do DF disse que o evento contará com 600 expositores e tem a estimativa de atrair 170 mil pessoas, durante os cinco dias de programação. Brenner abordou a atuação feminina no campo, tema que terá programação específica no próximo sábado, e o impacto da gripe aviária no agronegócio do DF, fato que levou a organização a vetar a presença de galinhas no evento.

Quais são as novidades da edição de 2025?

A AgroBrasília é um lugar onde se tem novidade todo ano, em qualquer edição. A gente tem um grupo de expositores cujo grande interesse é trazer o que há de novo, o que há de melhor para o produtor rural. Então, de certa maneira, a feira já é uma feira de inovação. Além disso, nós temos, um ambiente específico para tratar de um tipo de inovação, que são as startups, que se chama iTEC. É um ambiente de inovação tecnológica, onde algumas startups da nossa região, que produzem algo específico para nós, vão estar localizadas, para o nosso produtor poder conhecer.

Como vai funcionar esse atendimento ao produtor? Ele vai indicar as necessidades dele ou está lá mais para conhecer as experiências que as startups vão oferecer?

Ele vai lá para conhecer as experiências que elas (startups) estão oferecendo. Já tem um grupo de startups que vai levar seus produtos, aí o produtor vai poder ter esse conhecimento. A gente tem, na nossa cooperativa, um programa com a ABDI  (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial). Algumas empresas se candidataram, foram selecionadas, e essas empresas, durante um período de 18 meses, vão desenvolver produtos junto a produtores que indicamos da cooperativa.

Ano passado vocês sinalizaram R$ 5 bilhões em negócios. Qual a expectativa para este ano, em relação a negócios, expositores, visitantes?

A feira já está na 16ª edição. Já é um evento tradicional. O público de Brasília conhece muito. Ano passado, tivemos em torno de 170 mil visitantes. Esperamos manter esse número. Tivemos 570 expositores e, este ano, teremos 600. Esperamos que muitos negócios aconteçam na feira. A ideia é proporcionar um lugar onde o expositor mostre seu produto, o produtor veja, e a gente valorize muito as instituições financeiras que estão presentes, muitas vezes, para viabilizar os negócios. Durante a feira, todos esses participantes se disponibilizam para fazer negócios, trazendo ofertas, crédito diferenciado, produtos com preço especial. E a gente espera que esses negócios aconteçam. O produtor rural é um empresário, é um empreendedor. Ele precisa estar sempre renovando seu parque de máquinas, buscando novidades para continuar sendo produtivo, para não perder produtividade.

 Como a atuação feminina no campo estará presente na feira?

A gente tem um movimento grande aqui na nossa região para fortalecer a presença das mulheres no agro. Esse é um fato que já acontece naturalmente. Eu, que já estou há algum tempo nisso, lembro que só havia homens na agricultura. Todo mundo que ia vender ou prestar algum serviço era sempre um público muito masculino. Agora, de uns anos para cá, a gente percebe cada vez mais a presença das mulheres no agro, seja prestando serviços, seja fazendo vendas ou, inclusive, gerenciando fazendas. A gente acha importante fortalecer isso. A presença feminina traz uma perspectiva diferente, uma integração maior, uma nova visão para o negócio. No sábado de manhã, temos uma programação voltada para o público feminino, que está sendo organizada junto com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e com o nosso comitê. Dentro da cooperativa, temos um comitê feminino que trata exatamente dessa questão.

Qual é o nível de preocupação que o agronegócio no DF deve ter com a gripe aviária? Existe algum alerta?

Com certeza há alerta. É preocupante. Ao mesmo tempo, a gripe aviária é um vírus que circula no mundo há muitos anos. O Brasil, por conta das suas medidas sanitárias, conseguiu evitar, até agora. Aconteceu esse fato, mas acredito que o Brasil tem, hoje em dia, uma defesa sanitária muito robusta. A China não é nosso maior comprador. Nossos principais compradores são os países árabes, depois o Japão, o México. Então, ainda não sabemos exatamente como esses outros países vão reagir. Sabemos que vai haver impacto. O Distrito Federal é uma região que realmente cria bastante frango. A maior pauta de exportação do DF é o frango, destinado principalmente aos Emirados Árabes Unidos. Além disso, haverá impacto também no milho. Vamos colher agora uma segunda safra de milho, e o preço está diretamente ligado à ração, que por sua vez está diretamente ligada à criação de frango. O impacto mais imediato na feira, que eu conversei com a secretária, foi a proibição da presença de galinhas. Normalmente, na área da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), que organiza os circuitos tecnológicos, há demonstrações com galinhas. Este ano, isso não será possível.

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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