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Superintendente de Saúde da região de Ceilândia, Lucilene Maria, diz que ainda não é momento da população se descuidar com relação à covid-19

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Em entrevista ao TaguaCei, a superintendente da Região de Saúde Oeste do Distrito Federal, região que compreende as regiões administrativas de Ceilândia e Brazlândia, Lucilene Maria falou sobre a pandemia de covid-19 e anunciou obras no segmento da saúde pública. A superintendente começou falando sobre os “desafios” que teve que enfrentar nos primeiros meses de pandemia, quando Ceilândia se tornou a região administrativa mais afetada do DF. A região chegou a ter 30 mil pessoas infectadas, sendo que 800 faleceram.

“Nós tivemos que realmente nos reinventar enquanto trabalhadores, enquanto pessoas, seres humanos, porque pela idade que nós temos, não tínhamos vivido ainda uma pandemia”, diz Lucilene Maria.

A pandemia de covid-19 chegou no DF no mês de março passado. Na época, o TaguaCei falou com a superintendente, que na ocasião destacava para os cuidados que a população precisava ter com relação à doença. Hoje, passado mais de sete meses, Lucilene Maria explica o que alerta é mesmo.

“Não é momento de relaxar, não é momento de achar que tudo passou, nós ainda estamos hoje com uma média de 50 casos diagnosticados por dia na região de saúde Oeste”, ressalta. Ela não confirmou uma segunda onda, mas também não descartou essa possibilidade.

A região de Ceilândia é a que apresenta o maior número de casos. Os últimos dados mostram que a região teve, de março até agora, 26.816 casos e 691 mortes; em segundo plano vem Brazlândia, com 28.640 casos Brazlândia e 69 mortes. O setor Oeste também recebe pacientes da região do Entorno através do Sistema Único de Saúde (SUS).   

“O Entorno faz pressão porque a população foi bastante acometida. Para que também esses cidadãos do SUS tivesse o serviço necessário”, lembra a superintendente.


Ceilândia chegou a ter 30 mil pessoas infectadas, sendo que 800 faleceram, lembra Lucilene Maria, a superintendente da Região de Saúde Oeste do DF

Lucilene Maria diz que enfrentar a pandemia na posição de gestora da região mais afetada pela covid-19 exigiu dela que um novo método de trabalho fosse criado exclusivamente para o atual momento. “Tivemos que construir fluxos, construir protocolos, construir toda forma, todo processo de trabalho, que, de tal forma, a gente precisou criar uma nova estrutura dentro do hospital, tanto que a nossa UTI também se tornou um UTI Covid”, lembra Lucilene Maria.

Obras

Assim que a pandemia começou o Governo do DF iniciou a construção de um hospital de campanha com a capacidade para 60 leitos, sendo 40 gerais e 20 UTIs. Paralelo a este hospital, o GDF ganhou do setor privado, outro hospital de campanha que foi anexado junto ao Hospital Regional de Ceilândia. Este já fora inaugurado, o que é totalmente custeado pelo governo, ainda não.

Mas nesta entrevista ao TaguaCei, a superintendente garante que a construção está em fase final e que todo mobiliário para equipar o espaço também já foi adquirido.  “Está em fase de acabamento, até o final de novembro ele será entregue. Se por acaso nós tivermos uma segundo onda, que seria em fevereiro, nós já temos essa estrutura pronta para atender a população”, afirma Lucilene Maria.

A superintendente lembrou ainda de duas outras obras que estão sendo tocadas em Ceilândia com o apoio do GDF, sendo que uma seria a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que está sendo construída próximo ao terminal da QNQ E QNR, e que deve ser entregue e dezembro.

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Jornalista

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