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Max Maciel classifica de “higienistas” as autoridades que são contrárias às políticas públicas voltadas à população em situação de rua; “odeiam pobres”, afirma

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O deputado distrital Max Maciel (Psol) disse, em discurso na tribuna da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que as autoridades públicas que defendem menos direitos para a população em situação de rua são “higienistas” e “não gostam de pobres”. “Só gostam de [pobres] num período, num momento, aí topa tudo, toma café, visita casa”, afirmou o distrital se referindo ao período eleitoral.

O distrital também afirmou que se sente envergonhado por, enquanto autoridade pública, até agora não ter conseguido encontrar formas para amenizar o drama vivido pela população em situação de rua no Distrito Federal que, segundo dados oficiais, já ultrapassam duas mil pessoas.

“10% dessa população em situação de mendicância. E nós não conseguimos resolver esse problema. Isso é uma vergonha para nós. É uma vergonha inclusive para esta Casa”, afirmou.

A situação da população de rua no DF já está judicializada. Recentemente, o Governo do DF (GDF), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) a autorização para executar um plano de ação que busque acolher pessoas em situação de rua.

“A gente não conseguir dar atenção necessária às pessoas. E quando falamos aqui em construir ponto de apoio para as pessoas tomarem banho no setor comercial, tomarem café da manhã, tem gente que vem aqui [na tribuna] e diz que é contrário”, observou Max Maciel.

O distrital disse ainda que a gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB) está “destruindo o DF” e que pessoas que escolheram morar na capital federal estão sendo abandonadas pelo poder público.

“Como nós vamos encarar a prioridade de políticas públicas às pessoas mais vulneráveis dessa cidade? Essas pessoas escolheram essa capital para viver, mas não tiveram as mesmas oportunidades, estão excluídas do acesso à moradia, do trabalho e renda, da saúde”, ressaltou.

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