A retomada do horário de verão deve ser discutida pelas autoridades devido ao pico de consumo de energia entre 18h e 19h, momento em que as fontes de energia solar perdem eficiência e há sobrecarga do sistema
O governo brasileiro discute a possibilidade de retomar o horário de verão em 2025, devido ao risco de um colapso energético. Durante uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, na última quarta-feira (14/5), o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Márcio Rea, recomendou o retorno do horário de verão. A medida, abolida em 2019, visa aproveitar a luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica em alguns horários.
A retomada do horário de verão — que durou 90 anos — deve-se ao pico no consumo de energia entre 18h e 19h. Segundo a ONS, órgão responsável por controlar a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica, esse é o horário em que as fontes de energia solar perdem eficiência.
Márcio Rea disse que o Brasil enfrenta um período de seca e os últimos meses apresentaram uma redução na precipitação, o que é motivo de preocupação por parte das autoridades.
Os reservatórios, especialmente na região Sul, são uma grande fonte de preocupação. A ONS propôs ações adicionais para lidar com isso, como a ativação de centrais térmicas e a antecipação do fornecimento de algumas termoelétricas.
O diretor-geral da ONS também disse que o retorno do horário de verão é uma decisão política. Passa pelo Ministério de Minas e Energia e por fim, chega até o presidente Lula. A discussão do retorno da medida foi reacendida ainda ano passado, após o Brasil sofrer com a maior estiagem em 70 anos.
Além disso, outro item que corrobora para o retorno da medida é o cancelamento do leilão de reserva de capacidade, que estava previsto para junho. O leilão é imprescindível para o contrato de disponibilidade de termelétricas para geração de energia a partir de setembro deste ano. Caso não seja retomado pelo governo, o risco de blecautes por pico de carga no sistema aumentará a cada ano.
O horário de verão, suspenso desde 2019, foi criado em 1931 pelo então presidente da República, Getúlio Vargas. O primeiro durou seis meses e tinha como intuito aproveitar o tesouro público e a economia natural da luz artificial.
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