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Uniões entre mulheres desafiam queda geral nos casamentos no Brasil

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Dados do IBGE mostram queda no número total de matrimônios civis em 2023; exceção ficou por conta das uniões entre mulheres, que cresceram quase 5% no ano

Brasil registrou uma nova queda no número de casamentos civis em 2023, interrompendo a recuperação observada nos dois anos anteriores. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (16/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram realizados 940.799 casamentos no país, o que representa uma redução de 3% em relação a 2022. A queda foi registrada tanto entre casais heterossexuais quanto em uniões homoafetivas entre homens.

A única exceção foi o crescimento dos casamentos entre mulheres, que avançaram 4,9% no período. Com isso, os matrimônios homoafetivos voltaram a bater recorde e somaram 11.918 registros, o maior número desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentou o casamento civil para casais LGBTQIA+. Ainda assim, essas uniões representam apenas 1,9% do total de casamentos registrados no Brasil em 2023.

Os dados também revelam um envelhecimento no perfil dos noivos. A idade média das mulheres ao se casarem subiu para 29,2 anos, enquanto entre os homens chegou a 31,5 anos. Paralelamente, os divórcios atingiram o maior patamar já registrado, com 440.827 separações. Quase metade desses divórcios envolveu casamentos com menos de 10 anos, e mais da metade das separações (53%) ocorreu entre casais com filhos menores de idade.

Outro dado que chama atenção é o crescimento da guarda compartilhada. Entre os divórcios judiciais com filhos pequenos, essa modalidade passou de 7,5% em 2014 para 42,3% em 2023. O tempo médio entre o casamento e o divórcio também encurtou, passando de 16 anos, em 2010, para 13,8 anos no ano passado.

Por região

A única região brasileira que registrou aumento no número de casamentos foi o Centro-Oeste, com alta de 0,8%. Também apresentou a maior taxa de nupcialidade do país: 6,5 casamentos por mil habitantes. Além disso, foi a única área com crescimento no número de nascimentos, contrariando a tendência nacional de queda.

Por fim, o levantamento mostra que os casamentos entre pessoas divorciadas ou viúvas quase triplicaram nas últimas duas décadas. Em 2003, essas uniões representavam 12,9% do total; em 2023, já somavam 31,3%. A idade média nesses casos é significativamente mais alta: 41,3 anos para as mulheres e 45,2 anos para os homens.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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