Negociações eram realizadas através da internet em grupos com mais de 20 mil pessoas. Na operação desta terça-feira (17/6) 16 pessoas foram presas e mil animais, silvestres e exóticos, foram resgatados
Uma megaoperação da Polícia Civil do Paraná, em parceria com as autoridades de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais, prendeu 16 pessoas em flagrante pelo crime de tráfico internacional de animais silvestres e exóticos. Mais de mil animais foram resgatados na ação deflagrada nesta terça-feira (17/6).
Entre as espécies apreendidas nos endereços dos investigados, os agentes encontraram animais que não são da fauna brasileira e algumas espécies ameaçadas de extinção. Entre eles, cobras, pássaros, incluindo araras, sapos, tartarugas, macacos, axolotes e lagartos. Segundo a Polícia Civil do Paraná, os animais que não puderem ser reinseridos na natureza serão encaminhados para santuários.
A investigação, que durou dois anos, descobriu um esquema sofisticado de tráfico internacional de animais. Entre as espécies traficadas estão onças, tucanos, aranhas além de serpentes e aves.
“As células criminosas sediadas em São Paulo eram responsáveis pela distribuição nacional, enquanto os núcleos do Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais abasteciam o Sul, o Sudeste e parte do Nordeste”, detalhou a Polícia Civil do Paraná.
Esquema de tráfico internacional de animais silvestres e exóticos é descoberto após investigação de dois anos com agentes infiltradosDivulgação/PCPR
Esquema de tráfico internacional de animais silvestres e exóticos é descoberto após investigação de dois anos com agentes infiltradosDivulgação/PCPR
Esquema de tráfico internacional de animais silvestres e exóticos é descoberto após investigação de dois anos com agentes infiltradosDivulgação/PCPR
Esquema de tráfico internacional de animais silvestres e exóticos é descoberto após investigação de dois anos com agentes infiltradosDivulgação/PCPR
A negociação era feita através da internet, em fóruns e grupos, e as entregas eram realizadas de diversas maneiras: em viagens com caminhoneiros, envios postais e até mesmo em aplicativos de entrega. Para obter as informações, a Polícia Civil infiltrou agentes que fizeram o monitoramento de dados e conversas pela internet.
“Esses grupos, que concentram mais de 20 mil membros, se organizam para a venda de animais em todo o território nacional, tanto no atacado quanto no varejo. Infiltramos agentes em grupos digitais e descobrimos como funciona o comércio ilegal de animais no Brasil. Hoje, ele ocorre majoritariamente de forma online, diferente dos anos anteriores, quando se concentrava em feiras livres”, afirma o delegado da PCPR Guilherme Dias, responsável pela investigação.
Os crimes investigados são tráfico de animais, maus-tratos, falsificação de documentos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação desta terça-feira (17/6) é desdobramento de uma operação realizada no começo do ano passado, que resultou na apreensão de 390 animais e na prisão de nove pessoas. Naquela época, a polícia identificou 27 grupos de aplicativos de mensagens voltados exclusivamente ao tráfico de animais, que faziam conexões com vendedores no Paraguai e na Venezuela.
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