Noroeste: deputados pedem adiamento de remoção de famílias em ocupação
Deputados distritais vão enviar ao Governo do Distrito Federal (GDF) um ofício pedindo o adiamento de uma remoção de famílias que ocupam área no Noroeste. A maior parte dos ocupantes do local são catadores de material reciclável e chegaram àquela região no início dos anos 2000.
Uma remoção estava marcada para a próxima segunda-feira (23/10), mas os deputados solicitam o adiamento e alternativas de assistência social aos moradores. Tanto distritais da base quanto da oposição concordaram com o pedido.
“A ideia é que a gente encaminhe para o governo ainda hoje um ofício solicitando adiamento da remoção para resolver o problema sem traumas. Não mediremos esforços para que a justiça seja feita. Vamos tentar sensibilizar o governo para que haja um adiamento da remoção até que se encontre uma solução”, afirmou o presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz (MDB).
As famílias que serão afetadas pela remoção foram até a Casa pedir apoio dos parlamentares.
“Conversei com a Joelma, líder da ocupação. As pessoas estão ali há 23 anos trabalhando com a coleta de recicláveis. A expectativa de remoção gerou ansiedade e tristeza nessas pessoas, pois o governo quer remover as famílias sem nenhuma proposta concreta para elas. Esses trabalhadores precisam ser respeitados. É preciso que a assistência social atue e que haja política de moradia”, ressaltou Fábio Felix (PSol).
A AmoNoroeste, Associação de Moradores e Comerciantes do Setor Noroeste, emitiu nota manifestante “preocupação as ações de órgãos federais e, agora, de deputados distritais com relação à ocupação”. “A AmoNoroeste prega o tratamento respeitoso, justo e humanitário às pessoas que vivem na ocupação, bem como a qualquer pessoa em situação de vulnerabilidade, mas não se pode defender a permanência desta ocupação porque parte do terreno está na Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Cruls, corredor ecológico de ligação do Parque Nacional com o Ribeirão Bananal e o Lago Paranoá.”
A associação defende que “seja construída uma solução coletiva para os habitantes da ocupação, com a participação de todos os envolvidos, inclusive moradores do bairro e vários órgãos do GDF, como os serviços de assistência social, e sempre tendo como norte a legislação ambiental e o planejamento urbanístico de Brasília”.
Com informações do portal Metrópoles
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