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90% dos registros feitos por mulheres na Deam II em Ceilândia estão relacionados com a Lei Maria da Penha

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A delegada Adriana Romana, responsável pela Delegacia de Atendimento Especial à Mulher II (Deam II), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em Ceilândia, disse que, de junho até o momento, os crimes de feminicídio na região caíram de 14 para 4. Ela fez a afirmação durante entrevista ao TaguaCei, quando ela também mencionou dados da Secretaria de Segurança Pública do DF, que mostram uma redução de 50% em relação aos casos de feminicídio neste ano. Segundo Adriana, de junho até meados deste mês, o DF registrou 1.850 ocorrências, sendo que 90% delas estão relacionadas com a Lei Maria da Penha.

Adriana atribui esse resultado às ações do governo e da sociedade para conscientizar as vítimas de violência doméstica a denunciar seus agressores. Outro fator seria a presença ostensiva das forças de segurança pública que atuam na contenção desse tipo de crime. “Ainda não temos muito que comemorar, porque a comemoração será quando a redução for zero, porque toda vida perdida é importante”, ressalta a delegada.

De acordo com as denúncias, a maioria dos casos relatados trata-se de crimes como ameaça e injúria, mas há também, em menor escala, casos de estupro e abusos. A delegada lembra que a violência contra a mulher não é necessariamente física, muitas vezes é verbal, causando assim danos psicológicos. “Pode afetar essa mulher de uma forma muito forte. Todo crime é muito importante de ser denunciado”, destaca Adriana.

A delegada Adriana Romana, responsável pela Delegacia de Atendimento Especial à Mulher II (Deam II), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em Ceilândia, durante entrevista ao TaguaCei

Como ressaltou a delegada, a Deam II em Ceilândia tem tido um papel importante na sociedade, tanto que o número de ocorrências registrado seria bem maior do que o esperado à época da implantação da delegacia. Para Adriana, a Deam II conta com um espaço voltado ao Instituto Médico Legal (IML) exclusivo, o que, segundo ela, facilita o serviço, já que as provas que evidenciam o crime são obtidas no momento em que a vítima faz a denúncia.

“Nós vamos evoluindo, preparando melhor, nos capacitando para atender com eficiência e excelência”, disse Adriana, que fez questão de ressaltar que, em todo plantão noturno, há uma agente feminina para atender as denúncias.

“Gostaria de dizer, tanto para as vítimas quanto para os agressores, que um relacionamento com qualquer tipo de violência não é um relacionamento saudável. Por mais que estejam habituadas a viver assim, é melhor quebrar esse paradigma”, aconselha a delegada.

Para denunciar algum tipo de violência doméstica use os canais abaixo:

197 – Polícia Civil – opção 3

190 – Polícia Militar   

180 – Central de Atendimento à Mulher

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Jornalista

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